No dia 20 de março de 2020, foi registrado o primeiro caso de covid-19 em Rondônia. Graças ao esforço de todos os profissionais da Saúde, o Estado atualmente possui uma taxa de 96,9% de pacientes curados. Para chegar a esse patamar, o Governo de Rondônia, por meio da Secretaria do Estado de Saúde (Sesau), contou com o árduo e dedicado trabalho de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e laboratório, psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, farmacêuticos, seguranças, motoristas, profissionais de serviço gerais e demais servidores.
Uma delas, a enfermeira Albany Pinheiro de Souza. Ela foi convocada em maio para trabalhar na linha de frente contra o coronavírus na Unidade de Assistência Médica Intensiva (AMI) e aceitou o desafio. Porém, dois meses antes, no dia 25 de março, viveu uma das situações mais tristes da sua vida. O filho João Phelipe, de três anos e quatro meses, contraiu a covid-19 e não resistiu a doença, relatou Albany,
“Meu filho permaneceu 11 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Até que no dia 25 ele faleceu”
O local lhe trouxe sentimentos angustiantes ao mesmo tempo que lhe dava forças. “Eu vivia um momento de pânico, eu via o rostinho do João Phelipe e a dor dele em cada paciente”, conta.
A enfermeira foi transferida para o Hospital de Campanha, onde a demanda era maior, já que recebia somente pacientes positivos. Mesmo com o desejo de desistir, Albany entendeu que a sua função como enfermeira era essencial para poder ajudar e salvar muitas vidas. “Eles precisavam de mim, por mais insignificante que possa parecer a função de uma pessoa, naquele momento e naquele hospital a minha profissão era de extrema importância, pois só assim seria possível vencer o desconhecido”, diz
Albany recebeu todo Equipamento de Proteção Individual (EPI) da unidade, como máscara, proteção de rosto (face shild), luva e roupa protetora, além disso, por ser um momento muito difícil para ela, a enfermeira contou com todo apoio da equipe médica e coordenação do hospital.
MULHERES NA LINHA DE FRENTE
A pandemia trouxe mudanças em todo mundo, mas também foi a oportunidade de mostrar a força das mulheres no meio do desconhecido. De acordo com dados do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa), até março deste ano, 70% dos serviços em saúde no mundo eram compostos por mulheres.
Fabiana dos Santos, enfermeira na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona Leste, contou que nos últimos meses viveu momentos assustadores. Ela é mãe e seu maior medo era contaminar seu filho. “Meu trabalho não parou e ninguém queria ficar com meu filho, pois tinha medo que ele levasse a doença para a família”, comentou.
Em agosto de 2020, Fabiana foi contaminada, neste período trabalhava em UTIs e auxiliava as intubações. A enfermeira, que na época tinha dois empregos, precisou pedir demissão da empresa secundária para evitar contato com pessoas de fora da unidade.
Fabiana compreendeu que apesar de ser um momento difícil, era importante aprender a lidar com o vírus. “Eu como mulher não aceitei o ‘não’. Então continuei atuando na linha de frente, para entender como o vírus se manifestava. Só assim eu conseguiria cuidar dos meus pacientes e principalmente da minha família”, finalizou.
ETERNOS GUERREIROS
A contaminação pelo coronavírus tirou a vida de profissionais de diversas áreas de atuação. Pessoas que tinham filhos, maridos, esposas e uma história por trás de cada máscara.
O secretário da Saúde, Fernando Máximo, ressaltou a importância dos profissionais da Saúde que continuam atuando incansavelmente no combate à pandemia. “Já estamos há mais de um ano nesta luta e o trabalho dos profissionais de saúde tem sido fundamental. O reconhecimento é mais que merecido, uma vez que todos trabalharam dia e noite sem cessar e deram suas vidas por milhares de pacientes, reafirmando a cada dia a responsabilidade e o comprometimento com a saúde”, reconhece.
Atualmente, a Sesau possui dez mil profissionais na Saúde que mantêm o posto na linha de frente contra a doença com a sublime missão de salvar vidas de muitos pacientes em tratamento nas unidades hospitalares, mesmo que essa missão resulte em risco para suas vidas.
A batalha contra o vírus ainda não acabou, mas com as ações do Governo de Rondônia, coordenadas pela Sesau, como: “Drive-thru de testagem rápida”, o “SOS Vacinação” e as operações realizadas pelas equipes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros Militar e demais parceiros, para coibir aglomeração, têm sido assertivas para quebrar a cadeia de transmissão. Os dados do Painel Covid, mostram esse empenho, com as mais de 250 mil pessoas que tiveram a saúde restabelecida, e mais de um milhão de doses de vacinas aplicadas.
Fonte: Governo de RO