Foi condenado nesta terça-feira, 19, pelo Tribunal do Júri no Fórum do município de Cerejeiras, Thiago Rocha Nogueira, de 30 anos, acusado de matar a esposa, Débora Mendes Nery, de 22 anos, no ano passado.
O crime aconteceu no dia 24 de setembro de 2017, em Pimenteiras do Oeste e, após 9 meses preso na cadeia pública de Cerejeiras, Thiago foi submetido ao júri popular.
Foram 09 horas de julgamento, onde testemunhas e o próprio acusado foram ouvidos, bem como as teses do promotor de justiça, Victor Ramalho Monfredo, que pediu a condenação do rapaz pelo crime de homicídio e por tráfico de drogas, e da defesa feita pelos advogados Lidio Luis Chaves Barbosa e Márcio Augusto Chaves Barbosa que sustentou a negativa de autora do delito de homicídio, requerendo a absolvição, bem como a desclassificação do delito de tráfico de drogas para posse de drogas, pois Thiago é usuário de drogas. Após os debates o jurado votou e o magistrado aplicou a pena e logo deu a sentença.
Thiago foi condenado a 18 anos de prisão no regime fechado. Os jurados reconheceram que o crime foi cometido com recurso que dificultou a defesa da vítima, meio cruel e contra a mulher (feminicídio).
Com relação ao crime de tráfico de drogas, o magistrado aplicou a pena de advertência – de acordo com a lei de drogas – sobre os efeitos nocivos das drogas, tendo em vista o mal causado à saúde e a possibilidade de a agente envolver-se em outros delitos. E por fim negou o direito de recorrer em liberdade, pois o rapaz já está preso desde o dia do crime em Cerejeiras. Após o julgamento, a defesa informou que irá recorrer da decisão do Tribunal do Júri.
O CRIME
O crime ocorreu em setembro de 2017 por volta das 23h00min, na cidade de Pimenteiras do Oeste. Conforme a denúncia Thiago assassinou à companheira com um golpe na região da nuca. Ele desde o dia do crime nega tal versão.
Na casa onde foi localizado o corpo da jovem os policiais também encontraram uma porção de maconha e material para enrolá-la, o que levou o MP também a acusá-lo pelo crime de tráfico de drogas. De acordo com Thiago, a droga foi comprado por R$ 1.5 mil em Cacoal e era para consumo, pois é usuário de drogas.
Desde o dia do crime, Thiago afirma que a esposa se jogou do veículo em movimento após uma discussão entre eles. Disse também que estava dirigindo entre 50 a 60 Km/h, e que após o incidente levou à esposa para casa, pois achou que estava com vida, logo foi até o hospital da cidade pedir ajuda.
Os socorristas ao serem acionados foram até a residência e encontraram à vítima já sem vida e deitada em um colchão, próximo à porta. A PM foi acionada e levou Thiago até a delegacia para esclarecimentos.
No interior do carro foram encontradas duas latas de cervejas vazias e uma caixa térmica com gelo. Os policiais constataram ainda que havia areia e forte odor etílico dentro do veículo.
Em juízo, testemunhas afirmam que, Débora antes de morrer estava numa praça pública da cidade de Pimenteiras em companhia de um casal de amigos, quando Thiago chegou em seu veículo, nervoso e nu, e levou a vítima. Contaram também que ouviram a briga do casal antes do crime, inclusive uma delas afirmou que o corpo da vítima não apresentou qualquer lesão nos braços ou nas mãos quando foi encontrada na casa. O laudo pericial também apontou que os arranhões encontrados no corpo de Débora não são compatíveis com o arrastamento de quem se jogou de um veículo em movimento.
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Texto: Redação FV
Foto: Divulgação
Fonte: Folha de Vilhena