O plenário da Câmara de Vereadores de Vilhena foi palco para a realização do Simpósio “Quero Adotar, e aí? – O processo de adoção e sua amplitude no campo social, jurídico e psicológico”, promovido pelos acadêmicos do curso de Serviço Social da Faculdade da Amazônia – FAMA. O evento foi realizado na noite desta quarta-feira, 29 de junho, e contou com a presença maciça de acadêmicos da própria instituição educacional e outras faculdades particulares, além-claro da comunidade em geral, tendo em vista que o objetivo do Simpósio era que atingir o maior números de pessoas para que assim conheçam mais de perto como funciona o processo de adoção na cidade.
Três profissionais que convivem dia-a-dia com os diversos processos de adoção na comarca de Vilhena foram as palestrantes da noite, sendo elas, a Drª Sandra Merenda – Juíza de direito do Juizado da Infância e da Juventude (abordou o processo de adoção no âmbito jurídico), Girleyne Souza – Assistente Social do TJ-RO (abordou o processo de adoção no âmbito social) e Melissa Marques de Oliveira – Psicóloga do TJ/RO (abordou o processo de adoção no âmbito psicológico). Assim, cada uma das palestrantes fizeram seus apontamentos e esmiuçaram a realização do processo de adoção, elas também informaram como a pessoa interessada em adotar uma criança de fazer para obter futuramente a guarda provisória e logo a adoção definitiva.
Antes do início das falas das palestrantes, a organização do evento passou um documentário sobre a adoção, e nele foi demostrado claramente o amor desmedido que existe entre os pais e filhos adotantes, seus benefícios e dificuldades.
Conforme a juíza de direito, Sandra Merenda, o processo de adoção sempre é precedida de todo um trabalho de confiança com os pretendentes a adoção, tendo em vista que o mesmo envolve sentimentos e menores de idade. A magistrada durante a palestra enfatizou que os interessados em adotar crianças sempre o façam pelo método legal, ou seja, através da adoção legal, tendo em vista que é o método permitido pela Lei Brasileira, repudiando assim, a adoção à brasileira onde não há o olhar do Estado. Assim, a adoção legal dá amparo para os pretensos pais, os quais passam por triagem e acompanhamento com a assistente social e com a psicóloga que elaboram um documento que contêm o estudo psicossocial e psicológico, respectivamente.
No mesmo sentido, a assistente social, Girleyne Souza, detalhou como é realizado o processo de adoção, que vai desde a entrega de documentos, entrevistas, cursinho de habilitação até a abertura de um processo que é analisado pelo Promotor de Justiça e juiz de direito, para assim decidirem se o casal ou a pessoa está apta para adotar. Logo, os nome são incluídos tanto no cadastro estadual e nacional. Após todas as explicações das profissionais quanto ao processo de adoção nas três áreas, deu-se início aos depoimentos de pessoas que adotaram crianças.
DEPOIMENTO: Antônio e Silene
O casal Antônio e Silene esperaram cinco anos e médio para adotarem um linda criança de 01 ano e 10 meses. Silene que já tem 04 filhos de seu primeiro casamento conta que a espera para adotar o pequeno foi longa, mas ela nunca perdeu as esperanças, porque o desejo que ter o filho nos braços valia qualquer sacrifício. “Eu achei que nunca iria conseguir, os anos passavam e passavam e o sinal nunca chegava, hoje estou muito feliz porque consegui. Meu filho é tudo pra mim!”, frisou. Silene muito emocionada ainda revelou que a sua família irá aumentar ainda mais, já que ela e seu esposo estão pensando em adotar uma menina.
DEPOIMENTO: Ilda
Há 22 anos, a servidora pública Ilda, adotou uma menina de apenas 03 dias de nascida, hoje a menina curso faculdade no Estado de Mato Grosso e já se forma em 2017. Ilda que já tem um filho biológico conta que os irmãos sempre tiveram um relacionamento ótimo. “Filho é o maior presente que uma mãe pode ter”.
DEPOIMENTO: Nivaldo e Beto
O casal homossexual está junto há 03 anos e nesse tempo formaram uma linda família junto com a filha que é o maior tesouro do casal. No seu depoimento, Nivaldo que estava muito emocionado contou que já tem 03 filhos de seu primeiro relacionamento e que a chegada da filha foi mais uma benção na sua vida.
DEPOIMENTO: Ana Julia
A jovem Ana Julia que é acadêmica da Faculdade Unopar foi adotada ainda pequena. Em meio a lágrimas pela emoção em contar sua história de vida, a jovem declarou que a adoção é o maior gesto de amor que uma pode brindar e que hoje ela está muito feliz pela família que a adotou.
Hoje em Vilhena só tem uma criança no abrigo de menores para adoção, já que as demais estão em situação transitória.
Texto e fotos: Redação