A caminhada percorreu a Avenida Major Amarante até a praça Nossa Senhora Aparecida, em Vilhena. A concentração aconteceu na Praça Angelo Spadari, todos os funcionários estavam vestido de preto e carregavam faixas e cartazes
Trabalhadores da saúde indígena, Conselheiros de saúde e indígenas se reuniram na manhã desta terça-feira, 29, na praça Angelo Spadari, em Vilhena para reivindicar um melhor atendimento na saúde dos povos indígenas.
A manifestação que está acontecendo simultaneamente nos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas espalhados em todo o Brasil traz consigo a insatisfação dos trabalhadores ao que se refere “saúde”.
De acordo com a representante dos trabalhadores da saúde indígena – SINDICOPIS, Nelson Mutzie, o grito de protesto é contra o Governo, o qual não está respeitando a saúde indígena, “a nossas reivindicações se baseiam em dois pontos cruciais, uma delas é um melhor atendimento aos indígenas, já que quando eles chegam à cidade por atendimento médico não recebem a atenção adequada, a falta de profissional especializado também envolve o déficit no atendimento e o segundo ponto é a luta pela não intervenção política dentro da saúde dos povos indígenas”, diz.
A atenção básica, ou seja, os primeiros atendimentos aos indígenas é feito pela equipe da SESAI nas aldeias, que conta com técnicos e enfermeiros, entretanto, quando são casos mais complexos os indígenas devem ser encaminhados aos Hospitais, é a partir de aí que começa a insatisfação dos trabalhadores com o Sistema Único de Saúde – SUS e com o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).
O polo-base de Vilhena hoje conta com 60 trabalhadores e todos eles nesta manhã saíram às ruas para protestar. Cada um deles levava consigo cartazes os quais demostravam a sua insatisfação e indignação com o sistema único de saúde. Indígena também é gente… por um SUS mais decente; Somos unidos por mais saúde; Por uma saúde indígena com qualidade; Não a politicagem na saúde; Se é para lutar eu vou! Porque do SUS eu sou…, foram alguns dos dizeres.
Esta é a primeira manifestação à nível nacional, e como era de esperar os trabalhadores das cidades de Aripuanã, Juína e Cacoal se juntaram aos trabalhadores de Vilhena, para assim unir forças e lutar contra a deficiência na saúde.
Texto e fotos: Sara Labajos