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PF prende ‘coiote’ que enviou aos EUA rondoniense achada morta no deserto

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Lenilda foi achada morta ao tentar cruzar a fronteira dos EUA — Foto: Arquivo Pessoal

Lenilda dos Santos viajou com sonho de ir morar nos EUA em agosto do ano passado e foi encontrada morta no deserto em setembro, após ser abandonada por coiotes e amigos.

Um homem identificado como Anderson Jerônimo de Souza, suspeito de ter intermediado a imigração ilegal de Lenilda Oliveira dos Santos para os EUA, foi preso pela Polícia Federal (PF) quase um ano depois da rondoniense ser achada morta no deserto americano.

A informação da prisão foi confirmada pela reportagem da Rede Amazônica. Segundo a polícia, Anderson é conhecido como Piscuila e em depoimento confessou o tráfico de pessoas.

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O suspeito foi preso após ser localizado em Ouro Preto do Oeste (RO). A investigação da PF revelou que a partir da região central de Rondônia, Piscuila organizava viagem de moradores que tinham interesse em entrar ilegalmente nos EUA.

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Anderson Jerônimo de Souza, o Piscuila, foi preso após quase um ano da morte de Lenilda — Foto: Reprodução/Rede Sociais

Após montar os grupos de imigrantes no estado, Piscuila entrava em contato com os coiotes mexicanos e repassava os nomes dos que iriam cruzar o deserto de forma ilegal.

Foi assim que ele fez com a enfermeira Lenilda dos Santos, que morava em Vale do Paraíso (RO) e em agosto do ano passado comprou um ‘pacote’ para ir de Rondônia até os EUA.

No entanto a viagem terminou de forma trágica. A rondoniense foi abandonada no deserto pelos coiotes quando tentava atravessar do México para os EUA e acabou morrendo de fome e frio.

Segundo a PF, o traficante que enviou Lenilda para a viagem vai ficar em prisão preventiva e deve responder na Justiça por promover a imigração ilegal e de homicídio com dolo eventual, decorrente da morte de Lenilda

Lenilda saiu de Vale do Paraíso no dia 13 de agosto com o objetivo de atravessar a fronteira entre México e EUA, através do deserto, com ajuda de um coiote.

Ela estava acompanhada de dois amigos que moravam na mesma cidade e a conheciam desde a infância. A intenção de Lenilda em ir para os EUA era “dar melhor qualidade de vida para a família”.

Os três viajantes passaram 33 dias na mesma casa esperando o melhor momento para atravessar o deserto. A caminhada iniciou em um domingo e já no dia seguinte Lenilda estava muito desidratada e passando mal.

Em áudios enviados à família, Lenilda conta que os amigos decidiram seguir caminho sem ela, mas voltariam para buscá-la. Ela só precisava seguir andando mais um pouco até o local combinado e aguardar por ajuda.

Lenilda foi encontrada morta nove dias depois. A família acredita que ela morreu de sede após ser abandonada.

“Eles abandonaram ela na segunda. Ela ainda caminhou a terça todinha, chegou no lugar que tinha que chegar e ninguém veio buscar”, conta a filha Genifer Oliveira.

Tentativas de retorno para casa

Após os trâmites burocráticos, o corpo foi liberado para sair do EUA e retornar para o Brasil. Porém o agente funerário responsável pelo translado de Lenilda do Santos, sofreu um infarto na hora do embarque e, por isso, o envio do corpo foi adiado para a próxima semana. A informação foi confirmada ao g1 pela família de Lenilda no dia 21 de outubro.

A previsão era de que o corpo da técnica de enfermagem saísse de Ohio, nos Estados Unidos, em 20 de outubro, dia em que ela completaria 50 anos.

Com o adiamento, segundo a família, todos os documentos teriam de ser refeitos com o novo agente funerário, que substituiu o primeiro agente após ele sofrer o ataque cardíaco.

‘Não chora… a vovó Lenilda tá no céu’

Lenilda dos Santos deixou duas filhas adultas, uma delas é Genifer Oliveira, que tem um filho de cinco anos e está grávida. Segundo a jovem, os filhos são o que dão força para suportar esse momento de perda.

“Eu não tinha força para falar e meu filho de 5 anos chegou em mim e disse: ‘não chora não, porque a vovó Lenilda tá no céu e agora ela têm muitos poderes lá de cima. Ela vai cuidar da gente’. Parece que veio aquela paz no coração quando ele chegou e me falou aquilo”, conta Genifer.

Por: G1/RO

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