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‘Custo de produção subiu muito’, lamenta produtora de leite em Rondônia

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(Foto: Reprodução)

Não é novidade que o preço do litro do leite tem assustado consumidores em todo o país. Em Rondônia, 9º maior produtor de leite de vaca do Brasil, o preço do produto também aumento e alguns moradores até optaram em deixar de lado o consumo da bebida e de seus derivados.

“Tá muito caro né? Tive que trocar o leite líquido pelo leite em pó diluído na água para fazer bolo”, disse Eliza Cardoso, moradora de Porto Velho.

A mais recente pesquisa do Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Rondônia (Unir) apontou que, em um ano, o leite subiu 39,75% em Porto Velho.

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Mas e o produtor? Apesar do aumento no preço médio do litro do leite, o mais recente levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revelou que Rondônia fechou maio de 2022 sendo, entre os dez estado produtores de leite do país, o que paga o menor valor ao produtor.

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De acordo com a última resolução publicada pelo Conselho Paritário de Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite), o preço do leite captado em abril e pago aos produtores em maio, era de R$ 1,87 por litro.

Segundo a Conab, em um ano, o valor pago ao produtor teve um aumento de 21,7%, mas para muitos, o valor ainda não é suficiente para cobrir os gastos da produção.

“O custo de produção subiu muito na pecuária, onde se fala em ração, sal branco, sal mineral, arame, semente.. tudo. Tá difícil para nós vivermos no sítio”, disse Jéssica Aline, de 20 anos, produtora em Machadinho d’Oeste (RO).

A produtora ainda destacou que em 2021, ela e o pai pensaram em trocar o ramo do leite e abrir espaço no pasto para criação do gado de corte.

Motivos do preço e necessidade tecnológica

Segundo Juliana Dias, pesquisadora da Embrapa Rondônia, o estado é o maior produtor de leite da região norte e mesmo com esse marcador, o “desempenho da pecuária leiteira rondoniense fica aquém da produtividade nacional”.

Conforme o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia (Faperon), Hélio Dias, três fatores são a causa do baixo valor pago ao produtor de leite:

  • Diminuição do consumo de produtos lácteos durante a pandemia da Covid-19;
  • Importação de produtos de outros países;
  • Concorrência com os varejistas autônomos.

Para a pesquisadora da Embrapa, a elevação nos custos de produção do leite também é um fator que, além de ajudar a encarecer o preço do leite, desestimula o produtor.

“A produção de leite em Rondônia apresentou redução de 22,4% no primeiro trimestre de 2022 quando comparada ao mesmo período de 2021, situação ocorrida na produção do país”, explicou Juliana.

Juliana explica que, mais de 25 mil produtores estão envolvidos com a atividade leiteira em Rondônia, mas que somente uma parte das propriedades adota alguma das novas tecnologias para melhoria do leite.

“Dentre os principais entraves para adoção das tecnologias, destacam-se: limitações de mão de obra na propriedade, dificuldade de acesso ao crédito, resistência à melhoria dos sistemas, baixa capacidade de organização social e mais recentemente, a elevação dos custos de produção”, explica.

Crise do leite em 2021

Em março de 2021, o preço pago aos produtores de leite caiu cerca de R$0,60 e o valor pago aos produtores passou a ser R$ 1,20. Conforme a Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Rondônia (Fetagro) e Faperon, com esse baixo valor, nem os custos de produção conseguiam ser mantidos.

Em consequência disso, no dia 6 de abril, produtores rurais pararam um caminhão em União Bandeirantes, distrito de Porto Velho, que transportava leite até laticínios e em protesto, cerca de 10 mil litros de leite foram descartados na pista. Na ocasião, os produtores pediam o reajuste no valor médio do litro do leite. Na mobilização, cerca de 40% da classe parou de entregar o produto às indústrias.

Como resposta, no dia 15 do mesmo mês, a Seagri propôs criar um “preço de referência” para o leite de Rondônia, como tentativa de solucionar a crise do leite que se estabeleceu no estado. Conforme a proposta, os produtores não seriam obrigados a usarem o valor referência e ele serviria apenas de parâmetro para discussões sobre pagamento.

Fonte: G1RO

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