Com objetivo de valorizar a cultura negra no município de Pimenteiras do Oeste, em Rondônia, será promovida a “2ª Oficina de fotografia: Faces do Quilombo”, na próxima semana.
A oficina de fotografia conta com a organização dos produtores culturais Marcio Guilhermon, Andréia Machado e Washington Kuipers, que fazem parte do Ponto de Cultura e Mídia Livre Serpentário Produções e da Associação Diversidade Amazônica (Acemda).
A jornalista Andréia Machado conta que o projeto da “2ª Oficina de fotografia: Faces do Quilombo” foi contemplado pelo “Prêmio de Fotografia Dana Merril – 2017” do Governo de Rondônia através da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).
“Agradecemos de coração o apoio da Sejucel que está sendo muito importante para a realização dos projetos culturais em Rondônia”, ressaltou Andréia Machado.
Já o fotografo Washington Kuipers informou que a oficina será promovida na gratuitamente na escola pública estadual Inácio de Castro e a meta é capacitar cerca de 100 estudantes com as atividades previstas na oficina.
“A oficina de fotografia vai contar com aulas práticas e teóricas, roda de conversa sobre a importância da fotografia na valorização da cultura local, e também com um passeio fotográfico pela comunidade. A ideia é incentivar os alunos a fotografar a comunidade onde vivem e com incentivar a preservação da cultura rondoniense. No final da oficina vamos montar um catálogo fotográfico virtual e disponibilizar todas as fotos para a comunidade”, explicou Washington Kuipers.
A jornalista Andréia Machado lembra que a primeira edição do projeto foi realizada em 2014 e contou com o apoio da Fundação Cultural Palmares e do antigo Ministério da Cultura.
O produtor cultural e estudante de sociologia Marcio Guilhermon explicou também que o grupo escolheu realizar o projeto em Pimenteiras do Oeste, pois a cidade foi fundada por remanescentes do Quilombo do Quariterê.
Marcio Guilhermon salientou que a proposta é estimular os participantes, a partir de seu próprio olhar, a observar e registrar o lugar onde vivem, valorizando as riquezas culturais que expressam a identidade única de sua comunidade.
“O propósito é aproximar esses jovens que vivem em Pimenteiras das novas tecnologias e das artes visuais, mas sem distanciá-los de seus valores e do mundo em que vivem”, finalizou Marcio.