Uma denúncia de possíveis irregularidades em medicamentos e insumos fez com que agentes da Força Tática da Polícia Militar e Polícia Civil realizassem na manhã desta quarta-feira, 12, diligências na prefeitura de Colorado do Oeste.
De acordo com o pedido liminar de busca e apreensão ingressada pelo Ministério Público de Rondônia (MP/RO), o secretário de saúde da cidade, Gilmar Vedovoto Gervasio, estava supostamente adotando prática ilícita. Segundo o órgão, ele armazenava e distribuía em seu gabinete medicamentos e produtos hospitalares (fraldas, fitas para dosagem de glicose, etc), à população com fim de obter privilégios.
Consta no documento da denúncia que os itens citados devem ser entregues a farmácia do Hospital Municipal, sob a responsabilidade de um farmacêutico devidamente habilitado, de onde devem ser distribuídos aos pacientes ou postos de saúde.
Em face disso, foi requerido o deferimento do pedido de busca e apreensão de medicamentos, insumos e documentos como: notas fiscais, notas de empenho, recibos de entregas, etc. Além de proibir Gilmar Vedovoto Gervasio, pessoalmente ou através de terceiros, de receber, armazenar e distribuir os itens em seu gabinete, setores da prefeitura ou qualquer outro local que não obedeças aos requisitos legais, sob pena de multa pessoal.
VERSÃO DO SECRETÁRIO DE SAÚDE
O secretário de saúde, Gilmar Vedovoto Gervasio, entrou em contato com o FOLHA e negou as acusações. “Infelizmente, partiu essa denúncia como se eu tivesse fraudando alguma ou como se tivesse distribuindo medicamento à população sem as devidas normas que pede, mas não, em hipótese alguma”, explicou.
Conforme Gilmar, a cidade de Colorado do Oeste está sem nenhum almoxarifado central e por isso os medicamentos e insumos estão sendo destinados para outro local. “Na verdade a gente precisa de um espaço para que possamos armazenar os itens. Tínhamos um setor que era uma farmácia que funcionava, mas a gente teve que mudar para outro lugar para abrigar uma unidade de saúde, pois tínhamos que fazer a reforma no telhado que ainda não terminou. Já a farmácia foi colocada em um espaço menor.”
O secretário reforçou ainda que é necessário um novo espaço físico para que possam fazer todo o recebimento das mercadorias e até mesmo ter um controle. “Está chegando muita coisa para nossa população, que vinha sofrendo no decorrer dos anos pela falta de medicação. Muitas vezes acaba faltando realmente porque hoje são mais de 800 itens de medicação e você não consegue manter esses 800 itens, na verdade, assim dentro de uma normalidade. Porque há uma descontinuação do atendimento, até porque muitas vezes a gente tem problema com algumas distribuidoras no fornecimento e até pela falta de matéria prima de algum medicamento ou outro”, concluiu.
Texto: Repórter Abel Labajos
Fotos: Thiago Vieira/G1/RO
Fonte: Folha de Vilhena