Moradores do Jardim Social, bairro vizinho ao centro de Vilhena, vão se reunir a partir das 19h00 da quinta-feira 11, no auditório do campus da Unir, para discutir as precárias condições de infra-estrutura da localidade. O movimento é iniciativa de alguns moradores indignados com a situação, que se mobilizaram via redes sociais, logo ganhando a adesão de quase a totalidade da comunidade.
Um dos organizadores do movimento, o TI da empresa Proxxi IBM, Nivaldo Segheto Pereira, explicou que o objetivo da reunião é organizar e estruturar uma associação de moradores. “Assim, teremos representatividade junto aos poderes constituídos, de forma que as necessidades e anseios dos moradores possam ser apresentadas, cobradas e fiscalizadas junto às autoridades”, disse.
Apesar de se localizar a menos de cinco minutos do centro da cidade, o Jardim Social encontra-se completamente abandonado pelo poder público municipal. A população vive entre dois extremos: poeira em excesso durante o período de estiagem, e poças que se transformam em crateras com muita lama durante o período de chuva.
“A associação dos moradores vai ajudar a resolver problemas que só nós, moradores do bairro, conhecemos”, opinou a gerente administrativa, Gisleine Barros Santana. “É urgente a colocação de lombadas tanto no aspecto de diminuir a poeira quanto para a segurança das crianças que brincam nas ruas. Sem contar que as vias se transformam num caos durante as chuvas”.
O médico pediatra, Roberto Flávio Santana, explicou que a umidade relativa do ar fica muito baixa durante a estiagem e, no jardim Social, há um agravante. “A umidade do ar fica muito baixa, o que favorece doenças respiratórias. A situação se agrava consideravelmente quando o ar seco se junta com a poeira extrema e a fumaça das queimadas, que é uma constante no jardim Social. As mais vulneráveis são as nossas crianças. Além disso, chamo a atenção para alguns motoristas que trafegam em alta velocidade, colocando em risco toda a população. Precisamos com urgência da pavimentação asfáltica e lombadas. Isso é questão de segurança e de uma vida mais digna para a nossa população”, analisou o médico.
Como se fosse pouco, o jardim Social sofre também com o fornecimento de água, que chega sem força suficiente para encher as caixas d’água. E a coleta de lixo, que já foi boa, agora deixa muito a desejar. Quando muito, uma vez por semana é a freqüência com que o caminhão de lixo visita as ruas do bairro.