“Nós não queremos aumento, nós queremos simplesmente que o Governador cumpra a lei do Plano Estadual de Educação”, afirmou Osnier Gomes Pereira, diretora da Regional Cone Sul Sintero
Membros do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado de Rondônia (SINTERO) acompanhados por professores e alunos de Vilhena e municípios próximos como São Francisco, São Miguel, Rolim de Moura e Presidente Médici, organizaram na manhã dessa terça-feira (27) uma paralisação do funcionamento da BR-364, em protesto contra o descaso com a Educação.
Reunindo cerca de 300 trabalhadores e alunos, o ponto de aglomeração da multidão foi o Piracolino, a cerca de cinco quilômetros do município de Vilhena. A diretora do Cone Sul Sintero, Osnier Gomes Pereira, afirmou que os manifestantes contam com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, e que não tem um prazo para o fim do evento até que propostas aceitáveis sejam apresentadas por parte do Governo.
Com um engarrafamento que está chegando à estrada de Colorado D’Oeste sentido Porto Velho, vários caminhões, carretas e ônibus de viagem estão estacionados nas pistas aguardando a liberação do fluxo de veículos. Osnier ainda afirma que “este ato hoje aqui no fechamento da BR é uma das nossas últimas ações para pressionar o governador a apresentar propostas de aprovação do plano estadual de educação, aprovado em Assembleia Legislativa há três anos”.
“Nós recorremos à liminar do Governo, e iremos até a última instância. Está lá correndo os dias não trabalhados, mas nós temos o nosso jurídico, temos o sindicato em Porto Velho, e as medidas cabíveis para interromper essa liminar e empurrar até o Supremo Tribunal Federal (SFT) se for preciso já estão sendo tomadas, e nós vamos continuar, não vamos desistir”, Osnier comentou sobre a liminar que multaria os professores em R$ 100 mil por dia caso não retornassem aos seus ofícios. A diretora ainda afirmou que não há nenhuma planilha oficial entregue ao Sintero sobre os oitenta mil que o Governo disse que apresentaria.
Osnier terminou a entrevista comentando a participação dos caminhoneiros que estão retidos na barreira criada pelos manifestantes, dizendo que “essa luta não é só nossa, é deles também. Nós temos uma BR-364 onde estamos perdendo vidas por falta de manutenção, de recuperação, e impostos caríssimos, além do aumento do combustível em sete vezes, e não vemos nenhum benefício ou valorização”.
Texto e fotos: Mizellen Amaral
Fonte: Folha de Vilhena