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Sem acordo: alunos permanecem fora da sala de aula em Distrito de Cabixi


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Já faz sete dias que os alunos da Escola Estadual Planalto, localizada no Distrito Planalto São Luiz, município de Cabixi, estão fora da sala de aula, em protesto juntamente com os pais para a retirada do Projeto de Educação com Intermediação Tecnológica voltado aos alunos do 1º ano do Ensino Médio.

O Projeto do Governo do Estado é uma rede de serviços de comunicação multimídia que integra dados, voz e imagem para atender alunos que residem em localidades distintas, de difícil acesso ou com deficiência em profissionais com formação especifica me determinadas áreas de ensino, porém, para os pais dos alunos do Distrito, o projeto conhecido como EMITEC – Ensino Médio com Intermediação Tecnológica é incapaz de ofertar uma educação de qualidade para os estudantes, fomentando a mercantilização do ensino no estado.

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Devido à implantação do projeto na escola, pais, alunos e comunidade abraçaram a causa em protesto para a retirada do plano e o então retorno as aulas regulares, com professores em sala de aula.

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Em contato com jornal Folha de Vilhena, um dos pais representante da comunidade informou que os pais responsáveis pelos alunos da escola afirmaram que não irão ceder de forma alguma, permitindo a ida dos filhos à escola somente quando for retirada a TV e voltar o ensino regular.

“Tivemos uma reunião com todos os vereadores, prefeito, vice e membros do MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores. Também estamos contando com o apoio do Deputado Lebrão que esteve aqui dando força para que a retirada do projeto seja executada”, disse o pai.

Em reunião na última sexta-feira, 26 de fevereiro, vereadores e pais se reuniram com a secretária regional de Educação, Oracira Godinho, e segundo o pai informante, a reunião foi muito difícil. “Ela não cedeu de forma alguma, até fez ameaças a direção da escola”, disse Dercy pai de aluno.

“Contamos com apoio de representantes do MPA de Colorado, Cabixi e demais apoiadores. A comunidade disse não ceder, não vão aceitar a implantação do projeto e a Seduc diz que vai implantar. É como se vivêssemos no período de ditadura. Porém, contudo continua a greve”, finalizou.

O protestante ainda informou que “os pais já cogitam a ideia de que se persistir à insistência em manter o ensino a distância aqui no Planalto, vamos umas 60 a 70 pais e apoiadores manifestar em frente à SEDUC em Vilhena”, encerrou o pai.

As alunas Andressa Silva e Lucilene Ferreira do 1°Ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Planalto escreveram o seguinte texto em protesto ao projeto determinado.

Vídeo aula por iniciativas da Seduc contra decisão de pais a alunos

No inicio do ano letivo 2016, foi implantado o sistema de educação a distância através de vídeo aulas na Escola Planalto no município de Cabixi -RO . Projeto este criado pelo governo do estado do Amazônas para escolas de difícil acesso como, por exemplo, aldeias indígenas e comunidades ribeirinhas.

Nós, alunos do 1° ano, não concordamos que tirem nossos professores.

De acordo com funcionários da Seduc de Vilhena que acham que é uma boa forma de ensino, discordando totalmente tanto de nós alunos como de nossos pais. Alegam que isto é apenas um oferecimento do Governo, no entanto, se é apenas um oferecimento, nenhum de nós somos obrigados a aceitar.

Nós alunos do 1° ano assistimos a aula no dia 18/02/2016 e não concordamos que essa seja a melhor forma de aprendizagem, no dia da vídeo – aula houve  um problema,  falha na gravação  tivemos que pular boa parte da aula. Diante disso nós alunos nos sentimos prejudicados, por não ter alguém formado na área da disciplina para esclarecer dúvidas dos assuntos citados na aula. Devido o tempo em frente à televisão alguns alunos reclamaram de dores de cabeça, nas vistas entre outros, são diversas as dificuldades, não temos tempo durante a aula, fica difícil copiar e assistir ao mesmo tempo. Por ser aula em tempo real não temos como sair no meio da aula para beber água entre outras necessidades, em períodos de chuva corre-se o risco de ficarmos sem aula devido ser canal de tv aberto.

Por não concordar com esse método de ensino para a nossa escola, para a nossa realidade, nós alunos fizemos uma reunião, juntamente com os pais e diante dessa situação chegamos a conclusão de que será muito difícil o aprendizado e que estaremos em greve e só retornaremos a escola quando as aulas voltarem a ser presencial como antes.

Fonte: Folha de Vilhena

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