Nesta semana um cidadão coloradense indignado com o atual cenário administrativo que o município está apresentando, denunciou ao Ministério Público da comarca algumas irregularidades detectadas no âmbito da Câmara Municipal de Colorado do Oeste e na Prefeitura. Na denúncia, o morador também solicita total atenção ao processo licitatório nº 118/2015 realizado pela Câmara Municipal em 2015.
Num relatório de duas páginas, o morador que não será identificado, explana a situação precária pela qual está passando o Hospital Municipal, a má conservação das estradas, o atraso na folha de pagamento dos servidores e a farra de diárias dos vereadores, os quais pagam um advogado com dinheiro público para defendê-los em um processo judicial, utilizando inclusive as dependências da Câmara de Vereadores como escritório.
De acordo com o cidadão, após a Nova Mesa Diretora da Câmara ter tomado posse, a farra com o dinheiro público aumentou, pois foram realizados vários processos licitatórios fraudulentos com o fim de desviar dinheiro público em proveito próprio.
“Tais fatos deixam a gente indignada, pois ninguém faz nada, nem sequer os próprios vereadores que foram escolhidos pelo povo, só resta ao Ministério Público tomar as devidas providências, já que a Câmara está sendo assaltada todos os dias, basta ver o processo licitatório realizado nos últimos dias do ano de 2015, em que foi licitado R$ 50.000,00 para trocar fios elétricos da Casa de Leis, os quais ficam dentro do forro, ou seja, escondidos aos olhos do povo“, diz.
“No processo nº 118/2015 foi realizada a abertura da licitação e declarado vencedora uma empresa de Colorado, sendo que a solenidade de abertura ocorreu no dia 29/12/015, porém, no dia 30/12/2015, já havia sido emitido um cheque para pagamento da empresa, sem sequer a obra ser inciada. No entanto, em 31/12/2015 uma comissão de vereadores atestaram que a obra já havia sido concluída. O que mais me chama a atenção é que referida licitação sequer teve a devida publicidade, muito menos atendeu os requisitos indispensáveis, tais como, elaboração de um projeto básico com uma cotação prévia, sendo que a mesma, além de ser superfaturada, ainda não teve a obra realizada, um caso parecido ocorreu no Hospital Municipal, onde a obra foi realizada pela metade do preço”, arremata.
No relatório enviado ao MP, o cidadão também mencionou o prefeito Josemar Beatto, já que segundo ele o mandatário “não é santo“, pois deu cobertura nas irregularidades dos processos licitatórios, inclusive colocando a CPL da Prefeitura a disposição da Câmara.
O cidadão fecha a sua denúncia mencionado que inúmeros crimes foram cometidos e que no ceio da administração existe uma verdadeira “quadrilha”, pedindo urgentemente a intervenção do MP.
Texto: Redação