
Subiu para 98 o número de dragas destruídas pela Polícia Federal (PF) no Rio Madeira, no Amazonas, durante a operação Boiúna, que combate o garimpo ilegal na região. O balanço foi divulgado no fim da terça-feira (16), após o segundo dia da ação que ocorre nos municípios de Humaitá, Manicoré e no estado de Rondônia.
De acordo com o balanço, só no Amazonas, 71 dragas foram destruídas no primeiro dia de operação e 27 no segundo. No total, entre os dois estados, já são 177 equipamentos inutilizados. Novas imagens mostram a destruição das estruturas nesta terça. Veja acima.
A Polícia Federal não informou se a operação continua nesta quarta-feira, nem se há prazo para o fim da ação.
As dragas usadas no garimpo são equipamentos flutuantes que servem para extrair minerais, principalmente ouro, de rios e leitos submersos. Elas funcionam como grandes aspiradores ou escavadeiras aquáticas.
A operação é coordenada pela Polícia Federal, com apoio da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e de outros órgãos, a partir de ordem judicial expedida pela Justiça Federal no Amazonas.
Clima de tensão
A destruição das balsas provocou protestos em Humaitá. Garimpeiros se reuniram na sede do município contra a ação e houve confronto com policiais.
Na terça-feira (16), a prefeitura de Humaitá chegou a suspender as aulas e paralisou os serviços públicos devido à nova possibilidade de conflitos entre garimpeiros e agentes das forças de segurança.
Operação Boiúna
A Boiúna integra as ações de combate à mineração ilegal na Amazônia, iniciadas pela Polícia Federal em 2023. Este ano, a operação conta com a coordenação do Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia) e o apoio do Poder Judiciário.
Servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) também acompanham os trabalhos para apurar denúncias de condições precárias de trabalho nas balsas.
G1RO