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Garimpo ilegal no rio Madeira: mais de 500 dragas são flagradas durante sobrevoo entre Rondônia e Amazonas


Foto: Edson Gabriel – Rede Amazônica

Mais de 500 dragas foram flagradas no rio Madeira durante um sobrevoo realizado entre Rondônia e o Amazonas. As imagens mostram centenas de embarcações alinhadas ao longo do leito do rio, usadas para mineração ilegal.

A Rede Amazônica acompanhou a missão do pesquisador Nilo D’Ávila, do Greenpeace Brasil, que mapeia a presença de garimpos ilegais na região. Segundo ele, o monitoramento da área começou em janeiro, com uso de imagens de satélite.

“O sistema agora está maduro, e a gente optou pra fazer esse primeiro sobrevoo, pra nos ajudar com a visualização, além das imagens de alta resolução, entender como é que funciona mesmo, dentro dos rios, a dinâmica do funcionamento dessas balsas”, explica D’Ávila.

Durante o sobrevoo, a equipe identificou diversas embarcações, muitas delas próximas a terras indígenas e unidades de conservação. Em um dos pontos, foi registrada extração de ouro ao lado da Reserva e da Estação Ecológica do Cuniã.

Em outra área, cerca de 48 dragas estavam agrupadas, formando um verdadeiro paredão no meio do rio, o que compromete a navegação. Segundo o pesquisador Nilo D’Ávila, além dos impactos ambientais, o garimpo ilegal traz prejuízos sociais, riscos à saúde e ameaça quem depende do rio como principal meio de transporte.

“É um perigo também para a navegação. A gente chegou a observar um ‘recreio’ que transporta pessoas, um navio de transporte de pessoas no Amazonas, teve que fazer um desvio, porque o canal estava bloqueado por um aglomerado chamado regionalmente de ‘fofoca’ de balsas”, alerta Nilo.

“Sonho dourado”

 

O pesquisador alerta que essas balsas estão contaminando o rio. Além disso, explica que o “sonho dourado” tira muitas comunidades originalmente ribeirinhas do extrativismo, da produção da agricultura familiar e os jovens da escola, levando, além de tudo, um impacto social à comunidade.

“Então, essas balsas estão contaminando o rio, elas estão impactando a fauna aquátic[a] e também elas causam um caos social […] trazendo para um meio de vida que é ilegal.”

Por Fábio Diniz, g1 RO e Rede Amazônica

 

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Mais de 500 dragas foram flagradas no rio Madeira durante um sobrevoo realizado entre Rondônia e o Amazonas. As imagens mostram centenas de embarcações alinhadas ao longo do leito do rio, usadas para mineração ilegal.

A Rede Amazônica acompanhou a missão do pesquisador Nilo D’Ávila, do Greenpeace Brasil, que mapeia a presença de garimpos ilegais na região. Segundo ele, o monitoramento da área começou em janeiro, com uso de imagens de satélite.

“O sistema agora está maduro, e a gente optou pra fazer esse primeiro sobrevoo, pra nos ajudar com a visualização, além das imagens de alta resolução, entender como é que funciona mesmo, dentro dos rios, a dinâmica do funcionamento dessas balsas”, explica D’Ávila.

 

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Durante o sobrevoo, a equipe identificou diversas embarcações, muitas delas próximas a terras indígenas e unidades de conservação. Em um dos pontos, foi registrada extração de ouro ao lado da Reserva e da Estação Ecológica do Cuniã.

Em outra área, cerca de 48 dragas estavam agrupadas, formando um verdadeiro paredão no meio do rio, o que compromete a navegação. Segundo o pesquisador Nilo D’Ávila, além dos impactos ambientais, o garimpo ilegal traz prejuízos sociais, riscos à saúde e ameaça quem depende do rio como principal meio de transporte.

“É um perigo também para a navegação. A gente chegou a observar um ‘recreio’ que transporta pessoas, um navio de transporte de pessoas no Amazonas, teve que fazer um desvio, porque o canal estava bloqueado por um aglomerado chamado regionalmente de ‘fofoca’ de balsas”, alerta Nilo.

 

“Sonho dourado”

 

O pesquisador alerta que essas balsas estão contaminando o rio. Além disso, explica que o “sonho dourado” tira muitas comunidades originalmente ribeirinhas do extrativismo, da produção da agricultura familiar e os jovens da escola, levando, além de tudo, um impacto social à comunidade.

“Então, essas balsas estão contaminando o rio, elas estão impactando a fauna aquátic[a] e também elas causam um caos social […] trazendo para um meio de vida que é ilegal.”

 

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Mais de 500 dragas são flagradas em garimpo no rio Madeira em RO — Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica

Durante as quatro horas de sobrevoo no rio Madeira, entre Porto Velho e o município de Novo Aripuanã (AM), em uma faixa de 842 quilômetros, a equipe identificou cerca de 543 dragas atuando na extração ilegal de ouro. Após a coleta e mapeamento dessas dragas, o Greenpeace Brasil deve formalizar uma denúncia às autoridades sobre a ação ilegal.

“A gente vai organizar esses dados e encaminhar para o Ministério Público, Ibama e as secretarias de Meio Ambiente do estado de Rondônia”, finaliza D’Ávila.

Além de causar danos ambientais, as dragas dificultam a navegação segura de outras embarcações. De acordo com a Polícia Federal (PF), entre julho de 2024 e julho de 2025, foram realizadas quatro ações de combate ao garimpo ilegal no rio Madeira, em Rondônia, que resultaram na inutilização de 109 dragas usadas na atividade criminosa.



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