
A Justiça rejeitou todos os pedidos feitos pela defesa de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, presa em Cuiabá por ter matado a adolescente grávida Emelly Azevedo Sena, de 16 anos, e roubado a bebê que ela carregava na barriga, no mês passado, em Cuiabá. Entre as solicitações estava um exame de insanidade mental para avaliar se Nataly tinha condições mentais de entender o crime que cometeu, além da tentativa de anular a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) e de reconstitução do crime. A decisão é da 14ª Vara Criminal de Cuiabá.
Os advogados de Nataly alegaram que ela sofre de graves problemas psicológicos, citando um possível estupro que teria sofrido na infância, o que poderia ter afetado seu estado mental. Eles também destacaram que ela não tem passagem pela polícia, tem emprego fixo e é mãe de três filhos. No entanto, o juiz entendeu que não há necessidade de exames psiquiátricos no momento.
O caso está em segredo de Justiça, e a defesa já informou que vai recorrer da decisão. Uma audiência está marcada para o dia 17 de maio, quando testemunhas e a própria Nataly serão ouvidas. O promotor Renildo Segundo, que está à frente do caso, acredita que não há razão para exames de sanidade mental.
Nataly está presa na penitenciária Ana Maria do Couto May, isolada das outras detentas. Ela é acusada de oito crimes, incluindo o assassinato de Emelly. A defesa pede que, se condenada, ela cumpra medida de segurança em vez de prisão comum, devido ao seu histórico psicológico. Por enquanto, todos os pedidos foram negados.
Nataly Pereira matou a adolescente no dia 12 de março em uma casa no bairro Jardim Florianápolis, em Cuiabá. Conforme o MPMT, Nataly realizou uma cesárea improvisada na vítima ainda com sinais vitais, sem qualquer anestesia ou procedimento para minimizar a dor, causando-lhe “sofrimento físico intenso e desproporcional”.
Para o promotor de Justiça Rinaldo Segundo, o crime praticado configura feminicídio, pois foi cometido com evidente menosprezo à condição de mulher da vítima.
Por: Folha Max