Com o objetivo de reduzir a mortalidade materna e ampliar o acesso a exames e atendimentos especializados, o governo de Rondônia, iniciou, em 2025, a implementação da Rede Alyne, um programa nacional voltado ao cuidado integral das gestantes. A rede está sendo implantada nas unidades de saúde do estado, com foco na descentralização e qualificação da rede materno-infantil, ampliando o acesso aos exames no pré-natal, serviços ambulatoriais e atendimento a gestantes, e crianças de alto risco.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), o programa prevê a expansão de leitos obstétricos, Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, e a criação de Centros de Parto Normal, Casas da Gestante, Bebê e Puérpera, e Bancos de Leite Humano, garantindo um cuidado mais próximo das famílias e alinhado ao Planejamento Regional Integrado (PRI).
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a iniciativa representa um avanço na saúde materna, possibilitando que mais mulheres tenham acesso a um acompanhamento adequado durante a gravidez, reduzindo complicações e garantindo um parto seguro. “Com o programa, a gestão estadual assegura um cuidado integral às gestantes, ampliando o acesso a cuidados especializados, com uma abordagem mais abrangente e inclusiva”, salientou.
No estado de Rondônia, a implementação da Rede Alyne está voltada para a ampliação da assistência pré-natal, o fortalecimento das maternidades de referência e o aprimoramento do suporte às gestantes em situação de vulnerabilidade.
Entre as principais ações previstas estão:
- Aumento do investimento no pré-natal, com o repasse federal, passando de R$ 55 para R$ 144 por gestante, proporcional ao número de nascidos vivos;
- Inclusão de novos exames obrigatórios, como o do Vírus Linfotrópico de Células T humanas (HTLV) e testes rápidos para hepatites B e C, ampliando a detecção precoce de doenças;
- Criação de ambulatórios avançados para gestação de alto risco, oferecendo atendimento especializado para grávidas com complicações;
- Expansão dos Centros de Parto Normal (CPN), incentivando o parto humanizado e reduzindo intervenções desnecessárias;
- Aumento de 30% no incentivo ao parto normal, estimulando práticas seguras para mães e bebês;
- Elevação do valor da diária de leitos de gestação e UTI neonatal, garantindo melhor estrutura para atendimento hospitalar;
- Reforço nos bancos de leite e ampliação do transporte de pacientes, assegurando suporte adequado para bebês prematuros ou em situação de risco.
INTEGRAÇÃO
A implantação do programa em Rondônia ocorre por meio da requalificação da rede materno-infantil, com destaque para o Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), que já conta com UTI neonatal e maternidade de alta complexidade. O programa prevê, também, a integração de novos serviços em unidades de saúde estratégicas, fortalecendo o atendimento em todas as regiões do estado.
Segundo a coordenadora da Atenção Materno-Infantil da Sesau, Wanessa Carvalho Prado Ida, os profissionais da saúde estão sendo capacitados para aprimorar o atendimento às gestantes, com treinamentos em parceria com instituições especializadas. “O governo está ampliando a parceria com os municípios para garantir que os serviços da Rede Alyne cheguem a todas as localidades, incluindo áreas mais afastadas e de difícil acesso”, explicou.
O secretário da Sesau, Jefferson Rocha, destacou a adesão de Rondônia à Rede Alyne, ressaltando os investimentos na ampliação do pré-natal, capacitação de profissionais e estruturação da rede hospitalar. “O governo de Rondônia está fortalecendo o atendimento materno-infantil com novos Centros de Parto Normal, leitos de UTI neonatal, Bancos de Leite Humano e transporte especializado a gestantes e recém-nascidos, garantindo um cuidado ainda mais mais digno e humanizado.”
REDE ALYNE
A Rede Alyne foi criada pelo governo federal para substituir a Rede Cegonha e homenageia Alyne Pimentel, uma mulher negra da Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, que faleceu em 2002, grávida de 6 meses, devido à falta de atendimento médico. O caso resultou na primeira condenação do Brasil em uma corte internacional por morte materna evitável, sendo reconhecido como uma violação dos direitos humanos das mulheres.
Fonte
Texto: Camila Lima
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia