Fenômeno climático agrava incêndios florestais em Vilhena e região, levando a um aumento significativo nos riscos respiratórios para a população
A Secretaria Municipal de Saúde (Semus), através do secretário Wagner Waszcuk Borges, emitiu um alerta à população sobre os riscos para a saúde pública, em decorrência dos incêndios florestais que têm atingido Vilhena e região. Agravada pelo fenômeno El Niño, a situação levou o governo estadual a declarar estado de emergência na última segunda-feira, 26. A combinação de uma severa estiagem e a drástica redução das chuvas em 2023 e 2024, criaram condições favoráveis para a propagação das queimadas, que devastam o estado.
Wagner destacou que os incêndios estão gerando uma densa camada de fumaça em todo o estado de Rondônia, comprometendo gravemente a qualidade do ar. “A declaração de emergência é motivada pelos intensos incêndios florestais e pela baixa umidade relativa do ar, que afetam Rondônia, prejudicando a população tano na área urbana, como rural, além da destruição nas áreas de proteção ambiental, causando impactos significativos nas atividades econômicas”, afirmou o secretário.
O fenômeno El Niño, caracterizado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, desempenha um papel crucial na intensificação dos incêndios florestais em todo o Brasil. Esse fenômeno altera os padrões climáticos, prolongando a seca e reduzindo as precipitações, criando um ambiente propício para a propagação dos incêndios. Como resultado, o controle das chamas se torna mais difícil, e a quantidade de material particulado na atmosfera aumenta, piorando ainda mais a qualidade do ar.
A exposição prolongada à fumaça das queimadas é especialmente perigosa para grupos vulneráveis, como crianças, idosos, gestantes e pessoas com doenças cardiorrespiratórias. Esses indivíduos estão mais suscetíveis a desenvolver complicações, como crises de asma, bronquite, infecções respiratórias e até mesmo agravamento de condições cardiovasculares. Além disso, trabalhadores que atuam ao ar livre também enfrentam riscos maiores.
“A baixa umidade do ar, combinada com a exposição contínua à fumaça, pode agravar problemas respiratórios e causar desconforto significativo, como irritação nos olhos, garganta seca e dificuldade para respirar. É essencial que a população esteja ciente dos perigos e tome medidas preventivas para proteger a saúde”, acrescentou Borges.
A Semus recomenda que a população adote medidas para minimizar os impactos das queimadas na saúde. Entre as orientações estão: evitar atividades ao ar livre, manter ambientes fechados para impedir a entrada de fumaça, hidratar-se constantemente, usar máscaras adequadas ao sair de casa e monitorar sintomas respiratórios.
Especialistas também recomendam o uso de umidificadores nos ambientes, soro fisiológico para as vias respiratórias e colírios para os olhos. As autoridades de saúde continuarão monitorando a situação e orientam a população a buscar atendimento médico em caso de agravamento dos sintomas.
*Semcom*