A enchente do Rio Acre em 2024 trouxe preocupações para os moradores do bairro Leonardo Barbosa, em Brasiléia, mas não resultou na separação do Brasil da faixa de terra onde a comunidade está localizada. Mesmo com a elevação do rio para 15,58 metros, o bairro permaneceu conectado ao restante da cidade, apesar do estreitamento do único acesso.
Durante a enchente, o rio seguiu seu curso natural e cobriu a rua que leva ao bairro, um processo conhecido como “abandono de meandro”. Nesse fenômeno, o rio cria um novo caminho, deixando a porção de terra deslocada para a outra margem e formando um lago na parte do leito abandonado.
De acordo com o engenheiro-agrônomo Evandro José Linhares Ferreira, a composição arenoso-argilosa do solo na região contribui para esse comportamento dos rios no Acre. A ausência de um leito rochoso permite que as águas escavem novos caminhos ao longo do tempo.
A pesar da destruição do acesso ao bairro, a vazante revelou que o Rio Acre não mudou de curso naquela região desta vez. No entanto, especialistas alertam que será necessária uma grande obra de contenção para evitar futuros rompimentos e confirmar que o abandono de meandro não ocorra no futuro.
Fonte: Na Hora da Notícia