A mãe de um estudante de uma escola municipal da cidade de Guajará-Mirim (RO) denunciou um professor por conduta inadequada. Ela alegava que o docente proferiu falas obscenas para as crianças, enquanto ministrava aula. O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) também foi acionado.
“Ele [o professor] falou em sala de aula que praticar relação sexual era muito bom e que eles [os alunos] não imaginam o quanto é gostoso’, contou a mulher ao g1.
A turma para qual o professor leciona tem, em média, 10 anos. Segundo a denunciante, o filho dela e outros alunos contaram que o professor fala ‘imoralidade’ para todos os alunos da classe “como se tivesse ministrando algum conteúdo”.
Segundo o relato da criança, o docente chegou, inclusive, a fazer comentários sobre o corpo de algumas alunas. Em um determinado dia, quando uma delas foi até o quadro para resolver questões, a professora teria feito comentários inapropriados sobre as partes íntimas da menina.
“Ele falou para a aluna que ela já era uma mulher, porque tem seios e bunda grande”, relatou a mãe.
Ainda de acordo com a denúncia, o professor também teria praticado intolerância religiosa dentro da instituição de ensino.
“Falou que ele [o aluno] era ‘macumbeiro’ e que se quiser fazer macumba para os alunos, ele ‘fazia para matar'”.
A mãe, após escutar as crianças, entrou em contato com pais da classe para informar o que tinha escutado e saber se os outros alunos já teriam comentado sobre o ocorrido. Outros pais confirmaram que as crianças falaram sobre o comportamento do professor.
A denunciante alega que compareceu na escola municipal na segunda-feira (21), onde foi informada que o caso seria encaminhado para a Secretária Municipal de Educação (Semed). Ela também levou o caso até o Ministério Público e à Polícia Civil.
Ao g1, o MP-RO informou que a Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim realizou atendimento com familiar de um dos alunos acerca da reclamação na quarta-feira (23/08). O órgão também disse que aguarda resposta direção da escola para avaliar as próximas providências a serem adotadas.
“A Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim realizou atendimento com familiar de um dos alunos acerca da reclamação na quarta-feira (23/08). Com base nos fatos foram requisitadas, na quinta-feira (24/08) informações e providências da direção da escola municipal Jesus Perez e da Secretaria Municipal de Educação no prazo de 48 horas e à Delegacia de Polícia no prazo de 10 dias. O MP aguarda resposta para avaliar as próximas providências a serem adotadas”, informou a promotoria em nota.
A mãe contou ao g1 que o professor está ministrando aulas acompanhado de uma servidora e que além de seu filho, outros alunos da classe não estão indo a aula desde o início da semana.
A reportagementrou em contato do a Prefeitura da cidade de Guajará-Mirim, mas não obteve resposta até a última atualização desta matéria.
Fonte: G1RO