Dando sequência ao movimento grevista iniciado ontem, servidores que fazem parte do Magistério em Vilhena se reuniram mais uma vez na sede do Sindsul – Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul de Rondônia – nesta quinta -feira, 10. O grupo cobra a aplicação do reajuste de 14,95% no Piso salarial dos profissionais. Entre eles estão, professores, diretores e orientadores.
A greve segue com forte adesão dos profissionais da educação com cerca de 350 participantes. O grupo se dirigiu, por volta das 10h00, até o entorno do Paço Municipal e como protesto colocou cartazes com frases cobrando o cumprimento da Lei Federal 11.738/2008.
Apesar de não ser o intuito de hoje, o não aparecimento do administrador para conversar com os manifestantes foi cobrado ao microfone. Diversos grevistas usaram o sistema de som para denunciar as mazelas das escolas em que trabalham e desabafar sobre a falta de diálogo com o chefe do município.
A greve é motivada por que o administrador local pagou o piso apenas para alguns servidores (218), deixando de fora mais de 400 profissionais. E mesmo esses que receberam, não tiveram o direito ao pagamento retroativo, que também é previsto em lei.
De volta ao Sindsul (por volta do meio-dia), os servidores votaram de forma unânime para a continuidade da greve.
Na data de amanhã, sexta-feira, 11, o grupo se reúne novamente na sede do Sindsul às 07h30 dando seguimento ao movimento grevista.
Os servidores públicos podem fazer greve?
O art. 37, inciso VII, da Constituição Federal garante o direito de greve aos servidores públicos. O Supremo Tribunal Federal (STF), em outubro de 2007, decidiu que a greve no serviço público é legal, afirmando também que, enquanto não houver lei específica sobre o assunto, vale a lei de greve dos trabalhadores da iniciativa privada (Lei 7.783/89), com pequenas modificações.