Pioneira volta a Vilhena após 55 anos e Fundação a leva para reconhecer pontos onde viveu nos anos 1960
Na última semana, o Prefeito Flori Cordeiro, recebeu a visita da pioneira de Vilhena, Maria José Rabelo Almeida, hoje com 82 anos, sendo a segunda mulher a pisar em solo vilhenense, vivendo pouco mais de cinco anos na década de 1960. Experiências da época foram relatadas, e durante os dias presentes na cidade, a Fundação Cultural a levou acompanhada de sua filha para reconhecer os pontos que se mantêm intactos daquela época até então.
Maria José, que hoje mora em Governador Valadares – MG, veio até Vilhena para relembrar momentos de sua vida, e durante sua passagem na Prefeitura, contou ao prefeito Flori Cordeiro, ao secretário de Turismo Indústria e Comércio, Dirceu Hoffmann e ao presidente da Fundação Cultural, Eliton Costa, momentos da sua passagem no município.
A pioneira se instalou em Vilhena em 1963, anos depois de seu marido, o topógrafo Hesly de Almeida e Silva, hoje falecido, que veio a trabalho por meio do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), em 1960, acompanhado de uma equipe de engenheiros, que tinha o objetivo de abrir a mata, para instalar os acampamentos, marcar parte da Rodovia Brasília/Acre, no trecho entre Vilhena a Pimenta Bueno e fazer daquelas terras a cidade que hoje é Vilhena.
Em relatos, Maria aponta que foi a segunda mulher de fora a chegar a Vilhena, sendo que a primeira foi uma outra Maria, cuiabana, que trabalhava como cozinheira no acampamento do DNER.
“O que temos aqui, é algo especial, fomos presenteados com estes maravilhosos relatos da dona Maria, uma guerreira que participou dos primeiros momentos da cidade em que vivemos. São histórias lindas, da época da desbravação, que devemos nos recordar com muito orgulho. Eu fico lisonjeado em poder ouvir as grandes histórias contadas aqui”, aponta o prefeito.
Durante os dias que esteve na cidade, o presidente da FCV, acompanhou Maria e a sua filha Jane Rabelo, a conhecer os pontos onde viveram numa época em que ainda nem existia o espaço da cidade, como hoje é conhecida. Jane aponta que a visita foi de muita emoção para ela, e principalmente para sua mãe, ao passar por locais onde a pioneira viveu, como o igarapé Pires de Sá, na região onde havia o acampamento do DNER, local este que permanece da mesma forma nos dias atuais.
Maria, seu marido, e as duas filhas do casal, que não nasceram nestes solos, devido à falta de estrutura na época, viveram na região até meados de 1968, quando após conflitos indígenas com os desbravadores da época, optaram por voltar para a cidade em que viviam anteriormente, Paracatu – MG.
Semcom