A Secretaria de Estado da Saúde – Sesau, em alusão à Campanha Nacional Maio Laranja, que visa o combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes, elenca os sinais que pais, cuidadores e responsáveis devem observar no comportamento das crianças e adolescentes para reforçar a proteção.
Segundo a assistente social da Sesau Floritéria Máximo, os sinais nem sempre são físicos, mas deixam as vidas marcadas, “as crianças e adolescentes representam uma parte da fragilidade da nossa sociedade, e proteger é uma missão ativa de todos nós”, enfatizou.
“Devemos tratar dessa temática a partir de três eixos, entender o que é um abuso sexual, como identificar e como lidar. É responsabilidade de todos a participação ativa no processo de proteção da criança e do adolescente”, elencou a profissional.
ABUSO SEXUAL: Acontece através de um toque, de carícias, por uma conduta sexual ou pelo estupro do vulnerável ou a tentativa, onde se utilizam meios emocionais e até agressões físicas.
COMO IDENTIFICAR: A vítima pode não apresentar qualquer sinal físico aparente, porém pode manifestar a mudança de comportamento, como o isolamento do contato social, a solidão, o choro e tristeza recorrente.
COMO LIDAR COM O ABUSO SEXUAL: No momento de vulnerabilidade, em que a criança e o adolescente se sentem indefesos, têm que contar em primeiro lugar com o apoio da família, e com o suporte profissional, que cuida da saúde física e emocional. Essa assistência deve ser prestada por uma equipe multidisplinar, que inclua psicólogos e psiquiatras.
ONDE BUSCAR ATENDIMENTO?
Em Porto Velho, os atendimentos em casos de abuso contra adolescentes, são realizados na Maternidade Municipal Mãe Esperança, para a faixa etária acima de 12 anos; e no caso de crianças, o acolhimento acontece no Hospital Infantil Cosme e Damião – HICD. As vítimas realizam exames, passam por avaliações médicas, recebem toda a assistência em saúde, e após, são encaminhadas para a rede de apoio, a exemplo do Conselho Tutelar e outros órgãos dedicados à proteção da infância e juventude.
Nos demais municípios, as vítimas são recebidas nas Unidades de Pronto Atendimentos. O secretário de Estado da Saúde, Jefferson Rocha, explanou: “Contamos com profissionais preparados para identificar esse tipo de crime durante as avaliações médicas, e cuidar e prestar apoio no momento delicado que a criança vive. O Estado tem políticas públicas mas, é primordial que a sociedade assuma seu papel de proteção”, afirmou.
CANAIS DE DENÚNCIA
As denúncias podem ser realizadas 24 horas, todos os dias da semana através do Disque 100 – serviço gratuito de denúncias de violência contra crianças e adolescentes, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ou 190 para a Polícia Militar de Rondônia. Em caso de flagrantes, Delegacia da Mulher ou acionar o Conselho Tutelar. Quem presenciar ou tiver suspeita de violência sobre o crime e não realizar a denúncia, pode responder por omissão de socorro.
Fonte
Texto: Daiane Brito
Fotos: Frank Néry
Secom – Governo de Rondônia