Encontro servirá para discutir fortalecimento e valorização cultural dos povos indígenas do estado
Entre os dias 01 e 03 de março será realizado o II Encontro da Juventude Indígena de Rondônia, na Aldeia Paygap, no Território Igarapé Lourdes, localizado em Ji-Paraná. O objetivo do encontro é reunir os jovens que fazem parte do movimento para o fortalecimento e valorização cultural, promoção da troca de saberes e rodas de conversas que abrangem temas como a justiça climática e direitos dos povos. O evento é apoiado pela Open Society Foundations, Instituto Clima e Sociedade (ICS) e pela Associação de Defesa Etnoambiental Kanindé, que atua há 30 anos na proteção dos povos indígenas da Amazônia.
Durante os três dias, entre os temas que serão discutidos estão a proteção territorial, o fortalecimento da educação e saúde, o impacto das mudanças climáticas dentro dos territórios e o planejamento de ações para os próximos anos. Além das mesas de debates, os jovens vão participar de diversas oficinas, como grafismo indígena, grafite e rap, reunindo assim, a cultura indígena com a cultura periférica urbana, como forma de fortalecimento de ambos os movimentos.
“O encontro será importante para o fortalecimento da juventude e do movimento indígena, com a discussão de políticas públicas e a valorização cultural. O planejamento também será muito importante, é o momento de observarmos onde estamos, para onde queremos ir e como vamos caminhar para atingir esse lugar. A ideia é a criação de estratégias de luta e fortalecimento. Vamos trazer todos esses objetivos no encontro”, diz Pí Suruí, fotógrafa e comunicadora indígena do povo Paiter Suruí e do movimento da juventude.
A Juventude Indígena de Rondônia (JIR) é uma organização política fundada e dirigida por jovens indígenas que atua de modo independente e transversal, articulando as demandas da juventude de diferentes povos de Rondônia. A JIR conta, entre seus associados, com representantes de 12 dos 29 povos contatados do Estado, uma diversidade que traz abrangência e pluralidade às suas ações e permite que cada povo contribua com suas experiências e suas reflexões. A coordenadora geral do movimento é a ativista Txai Suruí, única indígena a discursar na abertura de uma conferência do clima, a COP26.
Por: Diário da Amazônia