Na manhã desta sexta-feira, 10 de fevereiro, o delegado da Polícia Civil, Nubio Lopes, responsável pela Delegacia de Homicídio em Vilhena, juntamente com o delegado regional, Fábio Campos, e o perito David Matos, concederam uma coletiva de imprensa para informar que o inquérito que investigava o homicídio do jovem Pedro Garcia dos Santos Junior, conhecido como “Juninho Laçador”, de 23 anos, foi encerrado e a documentação foi entregue à justiça.
O crime aconteceu no dia 29 de dezembro de 2022, na porteira do Haras onde Juninho trabalhava. Na ocasião, o amigo de dele, Carlos Marino, de 18 anos, foi atingido também pelos disparos de arma de fogo e está em recuperação no hospital da cidade. Três suspeitos, inclusive a ex-namorada, a vítima e o atual dela, Fellype Gabriel Campos, tiveram a prisão decretada e estão à disposição da justiça.
Conforme Núbio Lopes, as provas colhidas não estão apoiadas, exclusivamente, na confissão Fellype Gabriel Campos, 20 anos, que apontou a jovem Ana Clara Messias Marquezine, atual dele e, ex-namorada de Juninho Laçador, como a mandante do crime.
Na coletiva, o delegado informou que os três: Ana Clara Marquezine, Fellype Gabriel e Kaio Cabral da Silva (atirador) tiveram participação ativamente no crime. Segundo Núbio, Ana Clara, planejou o crime após Juninho Laçador ter se negado a reatar o namoro.
“Ana Clara já estava planejando o assassinato desde meados de novembro pra cá, quando ela foi rejeitada por Juninho, mas ela ainda não tinha uma data exata para colocá-lo em prática, meio que agiu de última hora”, diz Núbio ressaltando que Ana Clara teve uma participação ativa, sendo considerada a “autora intelectual”, pois além de ter coordenado todo o crime, também induziu, e fez nascer a ideia na cabeça de Fellype para matar Juninho Laçador.
O delegado também informou que Ana Clara deu todo o apoio material e, inclusive, foi ela que entregou a camiseta que Kaio usou no dia para esconder as tatuagens e a arma para que executasse o crime que mais tarde foi encontrada numa lagoa próximo ao pesqueiro do Roque.
Por sua vez, Fellype ajudou a namorada para que ela “não manchasse as mãos”. Ele contatou Kaio que foi o executor do homicídio.
Após o crime, Kaio correu para se encontrar com Fellype e juntos foram ao encontro de Ana Clara que os aguardava numa caminhonete.
Para localizar a arma o corpo de bombeiros e a perícia mergulharam no lamaçal. No local foram encontradas também pegadas de tênis e rastos dos pneus da caminhonete usada por Ana Clara. Essas e outras provas ajudaram a desvendar o crime.
Ao encerrar a coletiva, Núbio ressaltou que a família de Ana foi pega de surpresa. “Ela teve uma atitude isolada”, diz delegado que agradeceu o trabalhado de todos os envolvidos para dar uma resposta à sociedade.
Folha de Vilhena