A Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena (RO) informou, nesta quinta-feira (26), que descobriu um rombo de mais de R$ 50 milhões no orçamento. Esse seria mais um motivo que levou a prefeitura a decretar estado de emergência em saúde pública no Município.
A secretaria disse à Rede Amazônica que a nova gestão já assumiu a pasta com esse déficit. “O teto que seria de R$ 110 milhões destinados à saúde ultrapassou R$ 160 milhões”.
A nova gestão citada pela pasta começou a atuar este ano após o delegado Flori Cordeiro (Pode) ser empossado como prefeito de Vilhena. Ele foi eleito em 30 de outubro de 2022 após eleições suplementares. Ele vai ficar no cargo até 31 de dezembro de 2024.
O decreto de estado de emergência em saúde
O delegado Flori Cordeiro, prefeito de Vilhena, assinou na tarde de terça-feira (24) um decreto de estado de emergência em saúde pública. De acordo com o documento, esse estado de emergência deve permanecer enquanto não forem alteradas “as evidências técnicas da saúde”.
Flori Cordeiro informou que uma instituição filantrópica “vai cuidar da gestão da saúde em Vilhena”. A entidade é a Santa Casa de Chavantes. Segundo o médico Anis Ghattás Mitri Filho, presidente da instituição, o desafio é enorme.
“Temos que reduzir custos operacionais, reduzir a fila de espera que chega a 220 mil atendimentos. A gente vai trabalhar para melhorar a eficiência, fazer a saúde rodar e ter também melhorias para os profissionais de saúde”, disse.
Os motivos apontados
Além do rombo de R$ 50 milhões no orçamento, foram apontados outros problemas, entre eles estão:
- O número elevado de pacientes aguardando atendimento médico especializado,
- O surto de dengue que a cidade enfrenta,
- O desvio de funções de profissionais dentro da área da saúde, e
- A situação dos equipamentos das unidades.
Desse grupo, a maior demanda apontada pelo Município na saúde pública é a fila de espera para procedimentos especializados, como cirurgias de catarata, ginecológicas, neurológicas, ortopédicas e também exames.