Rizia Tavaes, uma moradora de Porto Velho de 45 anos, cuida de 134 gatos encontrados nas ruas da cidade. Debaixo de um teto e de cuidados carinhosos, os animais conheceram a sensação que as ruas não ofereceriam: serem amados por uma família.
Tudo começou por Mimi, primeiro gato da família. “Mimi morreu. Meu filho tinha 8 anos na época e ele ficou muito abalado que morreu o gato. Aí eu consegui adotar o Mimi II”, explicou Rizia.
Desde então, Rizia começou a fazer o trabalho de retirar os animais abandonados das ruas. Nesses oito anos, muitos também foram abandonados na frente da sua casa.
Rotina nova
A família precisou mudar a rotina para receber os gatos. “Sair de casa é um problema. Viajar, então, nem pensar”, explicou.
A família não tem um lugar próprio para os animais, por isso tiveram que adaptar a casa em que moram.
“No meu quarto ficam os seis gatos que têm problemas urinários e comem uma ração mais cara. Onde era a sala ficou um gatil e onde era pra ser área de serviço ficou outro gatil”, disse e explicou também que improvisou um lugar para eles tomarem sol.
Segundo Rizia, a maioria dos gatos que ela resgata chega com algum problema de saúde e precisando de cuidados médicos. Graças aos cuidados e tratamentos, muitos animais que chegaram debilitados, hoje estão saudáveis. “Deus é bom!”, agradece.
Os gastos com a alimentação e demais despesas, como manutenção do espaço e veterinários, chegam a R$ 5 mil por mês.
Mesmo com as dificuldades financeiras, ela decidiu continuar. Para complementar a renda, Rizia vende grama de milho, faz vaquinhas e vende rifas pelas redes sociais, pois as doações ajudam a cuidar dos gatos até que eles sejam adotados.
A moradora diz que já doou mais de 100 gatos e que segue tentando doar de forma responsável os animais castrados.
Além de um teto, alimentação e cuidados, a casa de Rizia é onde os gatos conheceram o amor. Cada um também recebe um nome pensado pela família. Ela ressalta que a ‘ajuda’ que oferece aos animais é uma ‘via de mão dupla’, visto que os animais também a ajudam muito emocionalmente: “levanto por causa deles, eles precisam de mim”.
Fonte: G1-RO