Uma operação da Polícia Federal (PF), chamada Canto da Serpente, desarticulou nesta sexta-feira (25) um dos maiores esquemas de tráfico de drogas na cidade de Guajará-Mirim (RO), na fronteira com a Bolívia.
A operação mirou integrantes de uma organização criminosa que além de tráfico e associação ao drogas, utiliza empresa para cometer outro crime: a lavagem de dinheiro.
Segundo a PF, nesta sexta-feira estão sendo sequestrados 25 veículos, avaliados em cerca de R$ 1,2 milhão, além do sequestro de quatro imóveis.
São cumpridas ainda mais 69 ordens judicias, sendo 25 de prisão preventiva e 44 de busca e apreensão. Os mandados são cumpridos nas cidades de Guajará-Mirim, Porto Velho e São Paulo.
Núcleos e movimentação bilionária
Segundo a PF, a organização criminosa de Guajará-Mirim era composta por três núcleos, como uma espécie de organograma.
- Um núcleo era responsável pela logística do tráfico, incluindo compra e distribuição da droga;
- Já os outros dois ‘setores’ ficavam responsáveis movimentação financeira, que se dava por meio de ocultação patrimonial, laranjas e empresas de fachada.
A Receita Federal do Brasil, que ajudou a PF a rastrear as ações financeiras, descobriu que a organização criminosa de Guajará-Mirim movimentou cerca de R$ 1,3 bilhão.
“Além disso, análises fiscais indicam que, apenas entre créditos e débitos de contas cujos investigados eram titulares, chega-se à monta de aproximadamente R$ 700 milhões”, diz a polícia.