A Promotoria francesa acusou uma mulher de 24 anos, nesta segunda-feira (17), pelo assassinato de uma menina de 12 anos, cujo corpo foi encontrado em um porta-malas. O caso chocou o país.
A mulher, que estaria sofrendo de distúrbios psiquiátricos, foi acusada de assassinato e estupro, com agravantes de tortura e barbárie, disse uma fonte judicial à AFP. Um juiz ordenou que ela fosse mantida em prisão preventiva.
O tribunal ordenou também a detenção de um homem de 43 anos que teria recebido e transportado a suposta autora do homicídio.
Na noite de sexta-feira, o corpo sem vida da menina Lola foi encontrado em uma área comum do prédio onde morava em Paris. Seus pais haviam reportado seu desaparecimento depois dela não voltar de sua escola, localizada a poucos metros de casa.
A acusada, detida na madrugada de sábado a noroeste de Paris, aparece nas imagens de videovigilância do edifício. Uma testemunha também relatou a presença desta mulher, que teria lhe pedido ajuda para mover um grande baú, segundo diversos meios de comunicação.
A necropsia concluiu que Lola morreu por asfixia, informou uma fonte próxima à investigação. As primeiras verificações indicaram lesões significativas no pescoço.
A investigação tenta agora determinar o que motivou o crime e o que aconteceu desde o desaparecimento da menor até a descoberta de seu corpo por um morador de rua de 42 anos.
Na escola Georges Brassens, onde a menina estudava, o sentimento nesta segunda-feira era de medo e descrença. Pela manhã, os representantes dos pais e mães de alunos se organizaram para acolher os adolescentes. “Minha filha está com medo. Não quis vir hoje”, confidenciou uma mãe de aluna, que pediu anonimato. Mafy, cujo filho era da mesma turma de Lola, afirmou que o menino “não quer comer nada” desde sexta-feira.
O ministro da Educação, Pap Ndiaye, também esteve na escola, onde participou de um minuto de silêncio na sala dos professores e na sala de aula de Lola, segundo o Ministério. As autoridades instalaram uma unidade de apoio psicológico para alunos, professores e pais, afetados pela tragédia que atingiu este bairro familiar.
A prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e outros líderes políticos expressaram seu choque com a morte do jovem. “Paris está de luto pela pequena Lola. Nossos pensamentos estão com ela e sua família”, tuitou a prefeita, que visitou a escola no nordeste da capital francesa na segunda-feira.
O TEMPO