Atividade gerará renda aos moradores da Resex do Lago Cuniã
Uma agroindústria com forte potencial e um produto requisitado e de alto valor nutricional. Foram esses fatores que levaram a Prefeitura de Porto Velho a auxiliar na regularização e retomada da cooperativa que atua no abate e comercialização de carne de jacaré na Reserva Extrativista do Lago do Cuniã.
A regularização das licenças veio após o município auxiliar a comunidade sobre as documentações necessárias e as tratativas para a retomada do negócio após cinco anos desde a interrupção da atividade econômica na região.
“Explicamos para eles cada passo que deveria ser seguido para a regularização da cooperativa e, assim, poder garantir a retomada dessa atividade tão promissora. Agora, com a regularização, eles apenas aguardam a autorização do Ibama que deve chegar logo”, explica o Gustavo Serbino, titular da Secretaria Municipal de Agricultura (Semagric).
Na prática, a cooperativa atendeu todos os critérios de estrutura física e documental, garantindo o aval da fiscalização municipal. Com isso, os moradores aguardam somente a cota de abate a ser definida pelo Ibama, autarquia responsável pela proteção da fauna e flora nacionais.
“Basicamente, o que será definido é a quantidade de animais a serem abatidos para o controle populacional da espécie na região, sem interferir no equilíbrio biológico e sobrevivência dos jacarés”, explica a veterinária Silvana Arnez de Castro, do Departamento de Inspeção de Produtos Animal e Vegetal (Dipoav).
IMPORTÂNCIA
Ao todo, cerca de 90 famílias vivem na Resex do Lago Cuniã e poderão ser beneficiadas com a atividade, através da geração de emprego e renda com a comercialização do produto.
“Trata-se de uma carne muito saborosa e com um valor nutricional alto e que terá todas as garantias sanitárias para consumo. As ações do município priorizam e garantem a segurança alimentar para que o consumidor tenha a certeza do que está consumindo. Quando ele visualizar o selo de inspeção ele terá a certeza que condições sanitárias foram levadas em conta antes de chegar às prateleiras”, explica Silvana.
Além da carne, o município também orientará a cooperativa acerca da comercialização da pele do animal, uma vez que a exportação do produto não é de competência da Prefeitura.
“Esse é mais um ato que faz parte do projeto de incentivo às agroindústrias de Porto Velho, defendidas pelo prefeito Hildon Chaves no seu plano de governo. Um setor vital para a diversificação da economia do município”, finaliza o secretário da Semagric.
Por: G1/RO