O julgamento dos réus Cátia Barros Rabelo e Mário Barros do Nascimento, acusados de matar Fabiana Pires Batista, de 23 anos, foi marcado para os dias 15 e 16 de agosto de 2022. A vítima teve o corpo encontrado, em setembro de 2019, em um loteamento em Porto Velho. No local também estava o corpo do filho dela, Gustavo Henrique, de 7 anos.
Os réus são acusados de homicídio qualificado, homicídio duplamente qualificado e corrupção de seis menores.
Segundo informado pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), entre os crimes apontados no processo estão homicídio, ocultação de cadáver e corrupção de menores. Para o júri foram destacadas 18 testemunhas.
O julgamento está marcado para acontecer no Fórum Geral César Montenegro, na capital, e presidido pelo juiz Áureo Virgílio. A sessão, que tem previsão para durar dois dias, é aberta ao público, segundo o TJ.
Sobre o caso
Em 20 de setembro de 2019, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) foram informados por moradores que o corpo de uma criança estava boiando em um lago nos fundos do loteamento.
O corpo do menino foi removido ao Instituto Médico Legal (IML) e ficou sem identificação até a manhã do dia seguinte. Durante a tarde, o pai dele foi até o local do crime e acabou encontrado Fabiana em uma cova rasa, com a barriga aberta.
As investigações da Polícia Civil apontaram que Cátia Barros Rabelo estava envolvida no crime. Ela foi presa temporariamente no dia 23 de setembro de 2019, e depois a prisão foi convertida em preventiva, em dia 21 de novembro do mesmo ano.
Já o acusado Mário Barros do Nascimento foi preso temporariamente em 12 de novembro de 2019, e teve a prisão convertida em preventiva também em 21 de novembro de 2019.
Na época do crime, a delegada Leisaloma Carvalho, responsável pelo caso, disse que a sobrinha da vítima, uma adolescente de 15 anos, aceitou ser comparsa nos assassinatos, pois o namorado desejava ficar com o bebê de Fabiana.
“Sabendo que a Fabiana estava com 8 meses de gestação, ele queria a criança, pois a mãe dele estava namorando um garimpeiro e ela queria ‘sair da pobreza’ dizendo pra ele que estava grávida. Ela estava simulando uma gravidez e ia aparecer com essa criança. Ele diz que a mãe não participou do ato executório em si, mas que ele foi lá e que ele inclusive ajudou a cortar a barriga da vítima pra retirar a criança”, disse a delegada na época.
Fonte: G1RO