Te amo, durma com Deus e boa viagem meu véi”. Essas foram as últimas palavras que Silvio Paulo da Rocha, de 48 anos, ouviu do filho antes de sair para trabalhar e acabar morrendo em um acidente entre um ônibus e um carro de passeio na BR-364, em Ouro Preto do Oeste (RO).
Um mês após a tragédia, o g1 conversou com Silvyeverson Rocha, de 21 anos, filho de Silvio. O jovem contou que ele e o pai estavam na área de casa quando tiveram a última conversa. Foi também quando deram o último abraço.
“Ele me disse que iria dormir porque à meia-noite, da madrugada de sábado, iria pra rodoviária pra trabalhar. Dei um abraço nele e falei: ‘Te amo, durma com Deus e boa viagem meu véi’. Essa foi nossa última conversa”.
Planos frustrados
De acordo com familiares, Silvio trabalhava como motorista de ônibus há aproximadamente 15 anos. Na empresa, entre outras funções que ocupou antes, ele já atuava há quase 30 anos.
“Ele gostava muito, fazia tudo com carinho e com muito amor. Já havia falado pra gente muitas vezes que a vida dele era dirigir, que gostava muito da profissão dele”, contou o filho.
Aos 48 anos, Silvio fazia planos para o futuro: sonhava em trabalhar dirigindo carretas. Segundo o filho ele aguardava uma entrevista de emprego, que iria acontecer dia 17, mas morreu seis dias antes.
Silvyeverson estava de férias, em casa, quando o acidente aconteceu. Ele conta que amigos da família fizeram uma visita, por volta de 3h40 da madrugada, para dar a notícia que ele, a mãe e a irmã receberam com incredulidade.
“Foi um impacto para todos. Entramos em desespero, pois pra gente era impossível isso ter acontecido porque ele era tão prudente e cuidadoso”.
Origem e família
O motorista nasceu em Nova Aurora (PR) e veio para Rondônia com os pais quando ainda era criança. No estado ele cresceu, casou e teve dois filhos, de 15 e 21 anos atualmente.
“Ele foi um pai incrível, sempre ajudando, aconselhando, apoiando em todos os momentos. Não tinha um dia sequer que ele ficava sem mandar mensagem falando que nos amava, que poderíamos contar com ele em todos os momentos. Ele sem dúvidas foi melhor pai do mundo”, aponta Silvyeverson.
Um mês após o acidente, o jovem fala sobre o sentimento da família diante da perda:
“É um vazio. Falta parte de nossas vidas, falta um sorriso, falta um olhar, faltam palavras. É um aperto enorme no peito em saber que ele não está mais perto da gente, que ele está longe, tão longe, que não dá pra escutar sua voz, nem sentir seu abraço. Literalmente é um vazio que se formou em nossas vidas”.
Relembre
O ônibus da Eucatur que Silvio dirigia bateu de frente com um carro de passeio na BR-364. O ônibus capotou em um barranco e o carro pegou fogo. O motorista do ônibus morreu no local e o condutor do carro morreu carbonizado.
Dias depois, a família identificou a segunda vítima como Mariele Pádua, de 22 anos. Ela era de Uberlândia (MG) e tinha se mudado para Rondônia para estudar medicina veterinária. A identificação da vítima aconteceu através de objetos pessoais que estavam no veículo carbonizado.
A apresentadora Carolina Brazil e o repórter cinematográfico Armando Junior, da Rede Amazônica, estavam no ônibus que capotou, mas não tiveram ferimentos. Eles voltavam de Cacoal, onde faziam a cobertura de um encontro nacional de degustadores de café.
Pelo menos 10 pessoas que estavam no ônibus ficaram feridas e foram levadas para o Hospital Municipal de Ouro Preto do Oeste.
Planos frustrados
De acordo com familiares, Silvio trabalhava como motorista de ônibus há aproximadamente 15 anos. Na empresa, entre outras funções que ocupou antes, ele já atuava há quase 30 anos.
“Ele gostava muito, fazia tudo com carinho e com muito amor. Já havia falado pra gente muitas vezes que a vida dele era dirigir, que gostava muito da profissão dele”, contou o filho.
Aos 48 anos, Silvio fazia planos para o futuro: sonhava em trabalhar dirigindo carretas. Segundo o filho ele aguardava uma entrevista de emprego, que iria acontecer dia 17, mas morreu seis dias antes.
Silvyeverson estava de férias, em casa, quando o acidente aconteceu. Ele conta que amigos da família fizeram uma visita, por volta de 3h40 da madrugada, para dar a notícia que ele, a mãe e a irmã receberam com incredulidade.
“Foi um impacto para todos. Entramos em desespero, pois pra gente era impossível isso ter acontecido porque ele era tão prudente e cuidadoso”.