Parto em casa já havia sido cogitado, mas após diagnóstico de diabetes gestacional, Daiana Lanzoni planejou parto no hospital.
Daiana Lanzoni e seu bebê tiveram alta hospitalar na manhã desta sexta-feira (27), mas a chegada na maternidade veio após um susto: um parto em casa. Mãe de duas crianças, uma de 3 e outra de 1 ano, o parto do terceiro filho foi, de longe, o mais diferente. Yan chegou sem avisar.
A mãe estava tomando banho quando sentiu que entraria em trabalho de parto e no banheiro de casa ela deu à luz ao segundo menino do casal.
Os dois primeiros filhos foram de partos normais, mas em ambiente hospitalar, segundo Daiana. Ela explica que o nascimento de Yan envolvia todo um planejamento por causa do diagnóstico de diabetes gestacional.
“Não foi planejado ter o bebê em casa. Inicialmente eu queria ter o parto domiciliar. Cheguei a começar o acompanhamento com uma equipe, mas esse tipo de parto é só para gestante de “risco habitual” e eu descobri que estava com diabetes gestacional, o que classifica como gestação de alto risco”, comenta.
“Então não pode ser em casa, tem que ser no hospital mesmo. Contratei uma doula para ficar em casa comigo e me acompanhar. E é diferente da enfermeira, por exemplo, é para lidar com a dor, suporte emocional e podermos ir para maternidade quando o bebê estivesse perto para nascer”, explica.
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Mas o pequeno Yan, não quis esperar. Foi em casa e debaixo do chuveiro de água quente que ele decidiu que seria a hora de nascer.
“Ele não nasceu prematuro. Pela manhã já com a doula em casa, ela ficou me acompanhando e ficamos esperando a hora mais próxima da hora do parto. Passei o dia em casa esperando as contrações darem o intervalo ritmado para irmos para maternidade. As dores foram aumentando, mas não pegava ritmo. Ela sugeriu que eu fosse para o banheiro, pois a água quente ajuda a aliviar a dor. Realmente eu fiquei mais confortável. Foi questão de 15 minutos na sala e 15 minutos no chuveiro, ele nasceu. Foi muito rápido”, lembra.
O esposo de Daiana estava na sala falando com o sogro pelo celular. Ela diz que deu o primeiro grito e ele correu para o banheiro.
“Ele dizia para o meu pai que estava tudo tranquilo, quando dei o meu primeiro grito ele veio. O bebê já estava saindo. Foram três forças. A primeira senti ele. A segunda força foi a cabeça descendo e na terceira força saiu o corpinho. Realmente foi muito rápido”.
Momentos após o nascimento uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou na residência e a mamãe, bebê e o pai seguiram para a maternidade.
“Tive muita sorte, pois a doula é amiga minha e é estudante de enfermagem e ela tem curso em emergência obstétrica que fez com que ela soubesse o que fazer na hora. Na hora ela soube como aparar o bebê. Ajudou nos minutos iniciais para ver se estava tudo bem. Meu esposo ligou para o Samu e aí a gente ficou na sala aguardando a ambulância chegar”.
Por: G1/RO