Uma frentista de um posto de combustíveis de Porto Alegre registrou, nesta terça-feira (17), um boletim de ocorrência denunciando o homem que a assediou dentro da loja de conveniência. Imagens de uma câmera de segurança mostram o momento em que ele passa a mão em sua virilha e ela, imediatamente, revida com tapas e socos até expulsá-lo do estabelecimento.
O caso aconteceu na manhã de domingo (15), por volta das 11h, em um posto no bairro Lomba do Pinheiro. O suposto agressor de 25 anos, já identificado pela Polícia Civil, é um cliente que costumava comprar e distribuir balas entre os frentistas, inclusive à vítima.
Naquela manhã, porém, ele havia pedido o contato da jovem de 22 anos, que ignorou o pedido. Mais tarde, ele retornou e, como é percebido nas imagens, encosta e aperta “as partes íntimas” da mulher, segundo a delegada Cristiane Ramos.
A delegada destaca que a reação foi em legítima defesa. Um inquérito será aberto como importunação sexual, crime cuja pena varia de um a cinco anos de prisão.
“O alerta é sobretudo aos homens de que é crime passar a mão ou qualquer tipo de contato de cunho sexual. Em transporte coletivo, é comum receber este tipo de registro. A mulher tem que buscar a Polícia Civil. A palavra dela tem muita importância”, ressalta.
A delegada destaca que as imagens foram divulgadas pela própria frentista, em suas redes sociais, como forma de alerta a outras mulheres do bairro. Nas imagens, é possível ver que ela está sentada ao balcão da loja mexendo no celular quando o homem encosta com a mão esquerda nela sem consentimento.
Ela, então, apara sua passagem com o braço direito e inicia uma sequência de golpes. Ele cai duas vezes e é retirado por outros funcionários, enquanto ela é amparada por outra mulher.
A delegada Cristiane Ramos relata que a frentista está afastada do trabalho por ter ficado abalada psicologicamente. Ela também solicitou uma medida protetiva de urgência, que já foi encaminhada à Justiça.
“O depoimento da vítima, principalmente em violência de gênero, em crime de natureza sexual, delitos que são praticados na clandestinidade, muitas vezes não têm testemunha. A palavra dela é importante”, reforça a delegada.
A identidade da vítima e a do suspeito não foram divulgadas pela polícia em função da lei de abuso de autoridade.
A polícia irá ouvir testemunhas esta semana e, depois, interrogar o agressor. Também serão colhidas oficialmente as imagens das câmeras de segurança, que serão anexadas ao inquérito.
Fonte: G1RS