Eleições a governador deste ano deverão ter novamente a parceria entre os dois líderes políticos do Estado
Porto Velho, RO – Crescem os comentários nos bastidores da política de uma união entre o senador Confúcio Moura (MDB) e o presidente regional do Solidariedade, Daniel Pereira. Ambos já estiveram junto nas eleições de 2014, quando se elegeram governador e vice, respectivamente, e, pelo que se deduz das negociações mais recentes Confúcio e Daniel deverão ser parceiros de chapa nas eleições deste ano.
Com a proximidade das convenções (20 de julho a 5 de agosto) várias pré-candidaturas já estariam formatadas como o União Brasil, partido presidido no Estado pelo governador Marcos Rocha, que deverá buscar um novo mandato e do ex-deputado federal e presidente regional do PT, Anselmo de Jesus. Ocorre que, nos últimos dias circularam comentários, que o PT, ainda, estaria trabalhando um nome para governador, e que não seria o de Anselmo. Nada oficial.
O importante é que a sucessão estadual vem ganhando forma e os vários grupos políticos, que estarão se confrontando vem buscando nomes em condições de formar nominatas em condições de sucesso nas eleições gerais de outubro próximo, quando serão eleitos presidente da República, governadores e seus respectivos vices; uma das três vagas ao Senado de cada Estado e do Distrito Federal, além de deputados federais e estaduais. Só não teremos eleições a prefeito, vice e vereador.
Até recentemente somente Marcos Rocha demonstrava interesse em concorrer como pré-candidato à reeleição e Anselmo de Jesus, pré-candidato ao cargo majoritário pelo PT. Os demais partidos não tinham definido nomes para concorrer à sucessão estadual e alguns tinham dificuldades, como continuam tendo, para compor as nominatas e concorrer aos diversos cargos que estarão na disputa eleitoral.
É importante destacar, que este ano não teremos as coligações, que possibilitavam a união de partidos fortalecendo grupos. Hoje é possível parcerias, através das federações, mas que não somam votos, pois nos cargos proporcionais são eleitos somente os mais bem votados de cada partido, desde que cumpram o quociente eleitoral e a cláusula de barreira. Quem pretenda disputar cargos a deputado federal ou estadual terá que ter votos.
O que era somente comentários de bastidores aos poucos vai se materializando. Confúcio Moura, que comanda o MDB em Rondônia, após isolar do partido o ex-senador Valdir Raupp, que durante décadas foi o maior líder da sigla no Estado, disse em live exclusiva abordando o assunto eleições 2022, que, “não será candidato às eleições deste ano”.
Nos últimos dias um dos assuntos de maior audiência nos meios políticos do Estado foi a provável parceria, mais uma vez, de Confúcio e Daniel Pereira, que governaram o Estado de 2015 a 2018. Se antes negavam veementemente que estariam juntos, pois Confúcio já tinha dito que não concorreria nas eleições deste ano e Pereira anunciava sua pré-candidatura ao Senado, hoje, há controvérsias.
Existe sim a possibilidade de novamente ser composta a parceria entre Confúcio e Daniel Pereira, que deixaram uma boa folha de bons serviços prestados ao Estado. Confúcio renunciou ao cargo seis meses antes das eleições de 2018, para concorrer ao Senado, sendo eleito. O restante do mandato foi cumprido por Daniel Pereira, que era vice e ele deu conta do recado.
Sobre a probabilidade da pré-candidatura de Confúcio-Daniel, tendo como base a brincadeira de criança, quando se escondia algo e, conforme quem procurava chegava perto, se dizia-se que estava “esquentando” e quando se distanciava do objeto, que estava “esfriando”, podemos dizer que a parceria está quase em ponto de fervura.
Os demais partidos também estão se organizando. O PSB, presidido em Rondônia pelo deputado federal e pré-candidato à reeleição, Mauro Nazif, já anunciou que o advogado e professor da Universidade Federal de Rondônia-Unir, Vinícius Miguel é o pré-candidato do partido a governador. Miguel concorreu à sucessão estadual em 2018 e, mesmo surgindo do nada, pois nunca tinha disputado cargo político-eleitoral somou mais de 60 mil votos em Porto Velho, sendo o mais bem votado no município.
Nas eleições a prefeito em novembro de 2020, já não foi tão bem e não conseguiu chegar ao segundo turno, ficando na terceira colocação. Vinícius passou por vários partidos, hoje está no PSB, e estaria trabalhando uma pré-candidatura a governador.
Como o PSB já tem o pré-candidato ao governo, ao trazer Vinícius Miguel para o partido, o ex-prefeito (dois mandatos seguidos) e ex-deputado estadual, Jesualdo Pires, líder maior da sigla no interior, mais de 195 mil votos ao Senado em 2018 certamente buscará uma das oito vagas à Câmara Federal e com enormes possibilidades de sucesso.
O PSDB está depenado em Rondônia. O partido tucano ficou sem um dos seus maiores líderes, o ex-senador Expedito Júnior, que se filiou ao PSD e a deputada federal, ex-presidente do partido, que está filiada ao Republicanos e formata pré-candidatura ao Senado. Hoje conta somente com o prefeito Hildon Chaves, vitorioso nas eleições de 2016 e reeleito em 2020.
O deputado federal Léo Moraes, presidente do diretório regional do Podemos ensaiou mudanças para outros partidos formatar parcerias, mas acabou permanecendo. Ele já esteve mais adiantado no processo eleitoral deste ano, mas as parcerias não se consolidaram e hoje trabalha seu nome como pré-candidato à sucessão estadual.
O senador Marcos Rogério, que recentemente assumiu a presidência regional do PL, declarou publicamente que é pré-candidato a governador. Tem um bom currículo político, desde sua eleição a vereador em Ji-Paraná, passou pela Câmara Federal e hoje está no Senado. Foi destaque nacional na defesa do presidente Jair Bolsonaro, na CPI do Covid-19 realizada no Congresso Nacional.
A pré-candidatura de Rogério atinge diretamente as pretensões do governador Marcos Rocha. Ambos são evangélicos e certamente dividirão, caso sejam confirmados candidatos, os votos junto ao segmento, que é majoritário e influente em Rondônia.
Fonte: Rondoniadinamica