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Rocha, Cassol, Rogério, Léo, Hildon, Confúcio e Anselmo: só dois confirmados na disputa; Vinicius pode ser surpresa; e Japonês fica com Goebel e Padovani


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A íntegra da coluna redigida por Sérgio Pires
Rocha, Cassol, Rogério, Léo, Hildon, Confúcio e Anselmo: só dois confirmados na disputa; Vinicius pode ser surpresa; e Japonês fica com Goebel e Padovani
Por Sérgio Pires
ROCHA, CASSOL, ROGÉRIO, LÉO, HILDON, CONFÚCIO E ANSELMO: DOS PROVÁVEIS NOMES AO GOVERNO, APENAS DOIS ESTÃO CONFIRMADOS

Se a eleição ao Governo fosse hoje, apenas dois nomes estariam na disputa: o do atual governador Marcos Rocha e o do ex-deputado federal Anselmo de Jesus. Mas como ainda há um longo tempo para que se formem novas frentes, o quadro vai mudar muito, até o registro definitivo de candidaturas. O terceiro, potencialmente entre os que teriam mais chances, o senador Marcos Rogério, ainda não fala como candidato e nem age como candidato. Neste momento, o que se ouve com maior intensidade é que ele estará, como ministro, na equipe do presidente Bolsonaro, a partir do final de março.

Até que haja uma decisão final sobre essa possibilidade, a candidatura de Marcos Rogério continuará sendo quase um mistério. A primeira mudança pode vir essa semana ainda, quando é muito provável que o STF decida definitivamente a questão que envolve o ex-governador e ex-senador Ivo Cassol. A tendência é de que ele seja favorecido e, então, liberado para a disputa.

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Tão logo isso ocorra, Cassol oficializa seu nome na disputa. Ele já teria definido seu vice, embora isso ainda seja segredo de Estado. O terceiro nome na corrida pelo Palácio Rio Madeira/CPA é o de Léo Moraes. O jovem parlamentar já avisou que não disputa a reeleição para a Câmara Federal de jeito nenhum. Seu plano A é concorrer ao governo de Rondônia e o Plano B é entrar na briga pela única cadeira ao Senado.

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Decisão só no final de março. Já Hildon Chaves tem tudo para concorrer à cadeira de Marcos Rocha, mas esse não seria seu plano atual. Hildon projeta, ao menos até agora, ficar onde está, para realizar em Porto Velho todos os projetos que tem em mente e sair consagrado, para novos rumos no futuro. E Confúcio Moura? Ele sempre espera até a última hora para se definir. Hoje não é candidato, mas amanhã pode ser. O único nome da esquerda que já está postado é Anselmo de Jesus, do PT. Afora esse grupo, não apareceu ainda nada de novo na corrida pelo governo.

E os vices?

Em relação a Marcos Rocha, vários nomes são cotados, mas ele não dá um pio sobre o assunto. A mais recente possibilidade, destacada pelo site Rondoniagora, muito ligado à Prefeitura da Capital, é de que o sonho de Rocha para a parceria de chapa chama-se Ieda Chaves. Ivo Cassol já teria escolhido seu vice, que viria de Porto Velho, mas o nome é mantido em total segredo. Marcos Rogério, se candidato, também poderia convidar a primeira dama da Capital, que está em alta entre o povão.

Léo Moraes ainda teria muitas conversas com aliados, antes de decidir. Confúcio Moura e seu grupo ainda não pensaram no assunto, já que ele mesmo está indeciso em relação a uma candidatura. Anselmo de Jesus buscaria seu parceiro entre os partidos de esquerda ou no próprio PT. Um nome como o de Ramon Cujuí não poderia ser descartado. Por enquanto, contudo, tudo é possibilidade e elucubração.

Dentro de um mês e meio é que o quadro deve começar a ter mais clareza.

Até lá, apenas especulações.

VINICIUS PODE SER A SURPRESA AO GOVERNO. NA ÚLTIMA DISPUTA, SOZINHO, ELE FEZ MAIS DE 110 MIL VOTOS

Um nome que tem sido menos comentado, ao menos até agora, na relação dos que podem estar na briga pelo governo, pode chegar de surpresa, entrar na relação e, ainda, ter chances reais, principalmente por sua boa votação não só na Capital, como em várias outras regiões do Estado. O presidente regional do Cidadania e atual secretário de Agricultura de Porto Velho, Vinicius Miguel vai sim, disputar a eleição em outubro. Não decidiu ainda qual sua postulação, mas se depender da sua perspectiva política, ele quer mesmo é concorrer à cadeira de Marcos Rocha. Contudo, dependendo de como as questões avancem e com quem o seu partido forme federação, Vinicius pode disputar a única vaga ao Senado ou uma das oito cadeiras à Câmara Federal. Na última eleição, quando disputou o governo, ele fez votos nos 52 municípios, chegando a mais de 68.300 votos apenas na Capital, dos 111.585 votos totais que teve, mesmo num partido pequeno e sem grandes apoios, como seus concorrentes. Já na disputa pela Prefeitura, em 2020, novo susto nos adversários. Conquistou, pelo Cidadania, quase 30 mil votos e por muito pouco não foi ao segundo turno contra o vencedor, Hildon Chaves, de quem é hoje aliado. Portanto, que ninguém subestime a força de Vinicius. Voto ele tem!

JAPONÊS FICA E ESTARÁ AO LADO DE LUIZINHO E PADOVANI: QUADRO SE DESENHA NO CONE SUL

No Cone Sul do Estado, ao que tudo indica, três lideranças estão juntas na campanha política deste ano. O secretário da Agricultura do Estado e primeiro suplente da bancada federal de Rondônia, Evandro Padovani, recebeu, dias atrás, notícia das mais importantes para sua tentativa de, dessa vez, chegar à Câmara Federal. A primeira delas ele já sabia: seu genro, Luizinho Goebel, uma das maiores lideranças políticas de Vilhena e da região, deixou o Partido Verde e ingressou no PSC. O partido deve formar uma federação com o União Brasil, de Marcos Rogério e Padovani, e, obviamente, essa união de forças será de grande importância para o contexto do projeto do titular da Seagri. Mas a outra boa nova foi também muito relevante: o prefeito Eduardo Japonês, que também estava no PV, igualmente está indo para o PSC, teria confirmado aos seus parceiros políticos que não pretende deixar a Prefeitura, para concorrer este ano. A menos que o quadro se altere e Japonês mude novamente de opinião, como pode ocorrer na política a todo o momento, ele fica até o final do segundo mandato e ajuda na reeleição de Luizinho Goebel à Assembleia e de Evandro Padovani à Câmara Federal. O quadro que está desenhado neste momento é este. Mudará? No final de março saberemos…

DEPUTADOS CAMPEÕES DE VOTOS PODEM SE UNIR PARA BUSCAR A REELEIÇÃO EM OUTUBRO

Se há algum tempo atrás se dissesse que nomes quentes como Lúcio Mosquini (MDB), Mariana Carvalho (PSDB) (ambos presidentes regionais dos seus partidos); Silvia Cristina (PDT) e Coronel Chrisóstomo (PL), estariam no mesmo grupo político, alguém acreditaria? Não se pode dizer que são adversários ferrenhos, mas o quarteto está em posições totalmente diferentes em relação a ideologia e projetos pessoais. Lúcio, Mariana e Chrisóstomo, por exemplo, embora haja divergências nacionais dos seus partidos, preferem claramente apoiar o presidente Jair Bolsonaro. Já Silvia é do PDT, oposição ao atual governo. Mas…O quadro mudou completamente, com a nova legislação eleitoral. Com o fim das coligações tradicionais e a exigência de que as chapas tenham apenas um candidato a mais do que o número de vagas, ou seja, cada sigla só poderá ter nove nomes para a disputa da Câmara e, ainda, três deles terão que ser de mulheres, os campeões de votos no Estado estão conversando, com a perspectiva de caminharem unidos na eleição de outubro. A junção de forças, nessa conta, poderia eleger os quatro, numa perspectiva em que serão necessários cerca de 100 mil votos de cada federação, o novo apelido para as alianças políticas, para eleger cada parlamentar. Todos estão fazendo suas contas e não será surpresa se, lá na frente, todo esse grupo estiver na mesma frente de batalha. O mundo da política não para de dar voltas…

PROJETO DE CRISPIM DETERMINA QUE GOVERNO DIVULGUE TODOS OS DADOS DE OBRAS PARALISADAS

Ismael Crispim (anotem esse nome!) é deputado estadual pela região de São Francisco do Guaporé e tem tido um mandato destacado na Assembleia Legislativa. Tem uma visão diferenciada, é criativo e tem defendido com unhas e dentes os interesses da sua região. Agora, demonstrou também que gosta também de cobrar, em nome da população rondoniense. Conseguiu com que seus pares aprovassem e que o governador Marcos Rocha sancionasse, projeto de autoria dele em que o Executivo é obrigado a prestar informações públicas sobre obras paralisadas no Estado. Parar obras é uma das doenças crônicas da administração pública em todo o país. No Brasil hoje, segundo dados vindos do governo federal, perto de 20 mil delas jamais foram concluídas. Aqui no Estado, Crispim não quer que isso se repita, claro que proporcionalmente. “A paralisação das obras representa desperdício de recursos públicos e empreendimentos que deveriam estar sendo utilizados para atender as necessidades da população. Toda obra parada implica em prejuízo, pois a economia da região fica prejudicada e por essa razão a sociedade tem o direito de ter acesso às informações dos motivos da paralisação ou da descontinuidade”, afirmou o parlamentar, sobre o assunto. Com a nova lei, o Estado deve divulgar no Portal da Transparência informações sobre todas as obras paralisadas e os motivos da paralisação. Sem dúvida, um grande avanço.

PROJETO SALES PARA RONDÔNIA FOI BALÃO DE ENSAIO. EX-MINISTRO VAI DISPUTAR POR SÃO PAULO

Não passou de balão de ensaio, daqueles que sempre aparecem em momentos em que as questões eleitorais começam a se definir, uma eventual candidatura do ex-ministro do meio Ambiente, Ricardo Sales, a senador por Rondônia. O assunto se tornou público através do empresário do agronegócio de Ji-Paraná, que é bolsonarista de primeira hora e fã de Sales, Bruno Scheid, que vai disputar uma vaga à Câmara Federal por Ji-Paraná. Sales chegou a ser consultado sobre a possibilidade, não a descartou, mas o assunto não foi em frente. Neste final de semana, o ex-ministro, que hoje é comentarista da Rádio e TV Jovem Pan, confirmou que seu projeto é concorrer a uma vaga à Câmara Federal por São Paulo, sua terra natal. Um dos mais próximos assessores do presidente Bolsonaro, Sales foi fritado pela esquerda, que o perseguiu durante todo o seu mandato, até que o Presidente não suportou mais a pressão e nomeou Joaquim Pereira Leite, um servidor do Ministério para o lugar dele Sem o mesmo brilho de Sales, o atual ministro continua com a mesma política ambiental, embora não tenha sido alvo de tantos ataques quanto seu antecessor. Outros ministros do atual governo, num total de onze, também disputarão as eleições de outubro.

ENFIM, VAMOS TER UM GRANDE AEROPORTO INTERNACIONAL: FRANCESES ASSUMEM O JORGE TEIXEIRA

A segunda-feira começou com uma boa notícia. Finalmente, a francesa Vinci Airports assumiu oficialmente as operações do aeroporto internacional Jorge Teixeira, em Porto Velho! A privatização, que começa na prática a partir de agora, daqui a algum tempo deve mudar completamente a cara do aeroporto, cheio de deficiências e ao qual, durante anos, a ANAC – a agência de regulação aeroviária – e a Infraero, se abstiveram de resolver. No Jorge Teixeira, o estacionamento muito caro, a falta de estrutura para receber usuários e visitantes, a falta de um local de acesso para se observar chegadas e saídas de aviões, num prédio antiquado, com um sistema de som ridículo e de ar condicionado deficiente, as coisas devem ser completamente mudadas a partir de agora. O lote adquirido, por mais de 420 milhões de reais, pela Vinci Airports na região norte, que incluem os aeroportos de Manaus (que terá todas as prioridades de investimentos, obviamente), têm ainda os terminais de Boa Vista, Rio Branco e outros do interior dos Estados. Em Rondônia, apenas o Jorge Teixeira foi privatizado. O que se espera, a partir de agora, é que o aeroporto se torne realmente internacional, com o alfandegamento; a presença de uma Delegacia da Polícia Federal e a ampliação dos terminais de cargas, para recebermos voos internacionais. Enfim, há uma luz no fim do túnel para o deficiente aeroporto da Capital rondoniense.

A GRAVIDEZ NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA: PORTO VELHO TEM CONSEGUIDO DIMINUIR ESSE GRAVE PROBLEMA

A semana começou com uma campanha muito importante, promovida pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Porto Velho. Trata-se da prevenção da gravidez na adolescência. É lamentável, mas tal campanha precisa ser ampliada também para combater a gravidez na infância. A região norte, em nível nacional, é onde se registra esse grave problema com muito maior incidência e Rondônia está muito presente neste lamentável contexto. Essas campanhas, que envolvem as famílias, são de grande valia. Para se ter ideia, em 2018, foram registrados 1.500 nascimentos de bebês com mamães jovens demais, algumas saindo da infância e entrando na adolescência. Três anos depois, com as múltiplas campanhas realizadas, os resultados já são notórios. Em 2021, os nascimentos neste tipo de gestante caíram para 1.100, numa diminuição superior a 35 por cento. A situação ainda é extremamente difícil, mas pelo menos não tem se repetido, com frequência, o que acontecia seguidamente: meninas de 11, 12, 13, 14 anos, já eram mamães pela segunda vez e, ainda havia, infelizmente, um ou outro caso, nessa mesma faixa etária, de mães com até três filhos. Que as famílias participem da campanha, promovida pelos postos de saúde e preparem suas filhinhas para enfrentar a gravidez precoce.

PERGUNTINHA

Você concorda ou discorda com a viagem do presidente Bolsonaro à Rússia, num momento em que há grande tensão entre o país de Vladimir Putin e o Ocidente, pela ameaça de uma invasão à Ucrânia, o que poderia causar um grave conflito mundial?

Política OPINIAO DE PRIMEIRA

Sérgio Pires
Opinião de Primeira, por Sérgio Pires
O jornal Rondônia Dinâmica

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