Uma professora de Ariquemes (RO) precisou de atendimento médico após passar mal ao ser agredida pelo pai de um aluno. O caso aconteceu nesta semana.
O pai, que também é advogado, teria se revoltado ao saber que o filho reprovou de ano e por isso teria começado uma sessão de agressões verbais contra a professora da Escola Municipal Eva dos Santos.
Toda a situação deixou a vítima abalada e ela teve que ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A Polícia Militar (PM) também foi chamada ao local. O caso foi registrado como desacato.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Ariquemes disse por meio de nota que repudia toda e qualquer forma de violência ou ameaça e que jamais será conivente com qualquer advogado de viole o ordenamento jurídico. Várias outras entidades se manifestaram sobre o caso e divulgaram notas de repúdio (leia abaixo).
Prefeitura de Ariquemes
“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) vem a público manifestar repúdio diante do ato de violência praticada contra uma professora. O pai ao ser informado pela professora que o filho havia sido reprovado iniciou uma sessão de agressões verbais pejorativas e de baixo calão.
Atitude foi de extrema covardia com uma servidora em exercício de suas funções, sem oportunidade de defesa, ao ser coagida e desrespeitada perante demais colegas de trabalho, pais e estudantes. O episódio foi julgado como traumático”.
Sindicato dos trabalhadores em educação
“O Sintero vem a público manifestar repúdio diante do episódio de violência praticado contra uma professora na escola Profa. Eva dos Santos de Oliveira, localizada no município de Ariquemes. O caso de agressão, julgado como covarde e inadmissível, ocorreu após o pai de um aluno não concordar com a reprovação do filho.
De acordo com relatos, o pai indignado proferiu inúmeras ofensas à professora, utilizando palavras grosseiras e de baixo calão, além de ameaças. Não satisfeito, partiu para agressão física que só pôde ser contida, graças a um companheiro de trabalho. Após toda confusão, tanto a Polícia quanto o SAMU foram acionados.
O episódio foi julgado como traumático, não só pelos presentes, mas para todos os docentes que exercem a função e que diariamente cumprem o papel de educar crianças, jovens e adultos a exercerem a cidadania e o respeito ao próximo.
Para o Sintero, a conduta apresentada pelo pai do aluno deve ser penalizada, pois representa um ato de barbárie contra uma mulher trabalhadora que se dedica com afinco a sua função social. Também é considerado um ataque aos princípios que regem a Educação Brasileira, além da liberdade de ensinar e de avaliar, concedida aos docentes.