O esposo de Simeria Felício, 44 anos, assumiu dois meses depois que mandou matar a companheira a tiros durante um suposto roubo de caminhonete perto da Vila da Penha, em Porto Velho. A confissão foi dada na tarde da última segunda-feira (1°), durante depoimento no 10º Departamento de Polícia da capital.
Ao delegado Daniel Braga, o esposo de Simeria disse que planejou matar a mulher porque ‘estava insatisfeito com o casamento’.
“Ele disse que não queria fazer o compartilhamento dos bens e, por isso, não queria se separar. Aí ele resolveu contratar alguém para executá-la”, disse o delegado.
Com o plano em mente, o esposo de vítima contratou um homem, conhecido como “Neném”, para executar a mulher. Neném então chamou um segundo suspeito para ajudá-lo, conhecido como “Zezinho”.
“Na tarde daquele sábado, dia do crime, eles [esposo e suspeitos] conversaram e combinaram como seria o assassinato. O esposo deixou acordado com os suspeitos que onde ele parasse a caminhonete e descesse para urinar, ali seria o momento para executar Simeria”, pontuou.
Imagens da câmera de segurança, obtidas pela Polícia Civil, mostram o momento que o veículo do casal é seguido pelo carro com os dois suspeitos.
O delegado responsável pela investigação, Daniel Braga, disse que as imagens são de momentos antes do crime.
No domingo (31), os dois suspeitos, Neném e Zezinho foram presos pela polícia em Nova Dimensão, distrito de Nova Mamoré. Já o marido de Simeria recebeu voz de prisão após confessar o crime em depoimento, na segunda-feira.
Dinâmica do crime
Durante depoimento, o esposo da vítima explicou que contratou “Neném” para executar a mulher e combinou que o crime deveria ser feito no momento que ele parasse a caminhonete, com a desculpa de urinar.
O marido ainda disse que “Zezinho”, o segundo contratado para o crime, estava no mato quando ele desceu da caminhonete e que foi ele quem atirou em Simeria.
Após a mulher ser morta, próximo da Vila da Penha, o marido disse que levou a caminhonete do casal até Guajará-mirim (RO) e a abandou por lá.
Depois de deixar o veículo na cidade, que faz fronteira com a Bolívia, o homem pegou carona e voltou ao local do crime, onde ligou para polícia.
Segundo o delegado Daniel Braga, o marido pagou R$25 mil para que os suspeitos matassem sua mulher.