Um dos investigados durante a Operação Canaã, trocou tiros e acabou baleado pelos agentes da Polícia Civil (PC), na manhã desta segunda-feira (23), em uma residência localizada em Porto Velho (RO). A polícia estava cumprindo mandados de busca e prisão, quando foram surpreendidos com os disparos.
De acordo com as informações, o acusado recebeu os policiais com disparos após perceber a presença dos agentes. Os tiros foram revidados pelos policiais que acabou atingindo o homem no abdômen e um tiro em cada braço. O investigado foi socorrido ao hospital João Paulo II.
A operação
A Polícia Civil do Estado de Rondônia, por intermédio 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado – DRACO2, em ação integrada com a Polícia Federal, 17ª Brigada de Infantaria de Selva e SESDEC, deflagraram na manhã da segunda-feira (23), a 2ª fase da Operação Canaã (nomeada Paiol), com objetivo de desarticular organização criminosa dedicada à invasão de terras privadas e públicas estaduais.
Os servidores da segurança pública cumpriram 27 medidas cautelares, sendo 14 mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão domiciliar e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de Porto Velho, Ji-Paraná, Seringueiras, São Miguel do Guaporé e Cacoal.
Os delegados Fred Matos, Roberto dos Santos e Rondinelly Moreira coordenaram a operação. As autoridades policiais esclareceram que a Organização Criminosa agia primeiro mapeando o local que seria o alvo da invasão e, usando armamento de alto calibre, invadiam a propriedade.
A terra que era repartida e vendida aos camponeses e investidores mediante pagamento pecuniário, veículos e armas, sem contar que há promessa de legalização da posse após a tomada da terra.
O grupo tinha como alvo terras privadas na região de São Francisco do Guaporé, Machadinho d’Oeste, Porto Velho, bem como Áreas de Proteção Ambiental Estaduais.
Nesta segunda fase a investigação teve como alvos integrantes que comercializavam armas e munições como fuzis, escopetas, pistolas, carabinas e submetralhadoras para abastecer a Orcrim. O armamento era então disponibilizadas ao braço armado da ORCRIM que as utilizavam tanto para invadir as propriedades quanto para, após a invasão, garantir a posse mediante violência e evitar a reintegração dos possuidores ou poder público.
Segundo Dr. Samir Abboud, delegado geral da Polícia Civil, a instituição está atenta e atuante no combate aos crimes ambientais e violentos no campo, com uma postura proativa.
O nome da operação é em alusão ao local em que as armas e munições são armazenadas.
Por: Diário da Amazônia