Junivaldo Alves dos Santos, acusado de matar o próprio pai, foi condenado a 23 anos, nove meses e vinte e cinco dias de prisão em regime inicialmente fechado. O julgamento aconteceu no Tribunal do Júri de Porto Velho na última sexta-feira (20).
De acordo com a ação, o crime aconteceu em agosto de 2018, após uma discussão entre pai e filho. Motivado pelo desejo de matar, Junivaldo golpeou a cabeça do pai e o amarrou com fios de eletricidade.
O homem foi condenado pelo crime de homicídio qualificado, mediante motivo fútil e através de um método cruel, impossibilitando Cícero de se defender. A pena ainda foi agravada porque Junivaldo é descendente da vítima.
O G1 tenta contato com a defesa do condenado.
Relembre o caso
O crime aconteceu em agosto de 2018. A polícia foi chamada à residência da vítima por moradores próximos que perceberam a ausência de Cícero e começaram a sentir um mal cheiro vindo da casa.
O homem foi encontrado em um quarto, embaixo da cama. Inicialmente, a polícia acreditou que o idoso estivesse morto, mas a perícia constatou que ele ainda respirava.
A vítima chegou a ser socorrida com vida ao hospital João Paulo II, em estado grave, e passou cerca de quatro dias internado em uma Unidade de Terapia Semi-Intensiva (Semi-UTI) antes de morrer.
Junivaldo contou à polícia que matou o pai após uma discussão, quando o empurrou, fazendo o idoso bater a cabeça na cama. O filho ainda bateu na cabeça do pai com um pedaço de madeira e o empurrou para debaixo da cama. Ele teria mantido o pai trancado e imobilizado por seis dias.
Vizinhos que suspeitavam do crime disseram na época à polícia que o homem continuou trabalhando normalmente em uma loja de confecções da família durante todo esse tempo.
O laudo tanatoscópico indica que Cícero morreu de traumatismo crânio encefálico que evoluiu para sepse e insuficiência renal.
Fonte: G1RO