Conhecida como “Portal da Amazônia”, por ser o primeiro município do Estado que dá acesso à região Norte, Vilhena recebeu neste sábado (21) uma força-tarefa do Governo do Estado, por meio da Agência Estadual de Vigilância Sanitária em Saúde (Agevisa) e Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que realizou barreiras sanitárias em busca de detectar os casos positivos da covid-19 e tentar barrar a chegada da variante delta na divisa rondoniense com o Mato Grosso.
Como ação estratégica, as barreiras sanitárias foram instaladas em dois pontos de acesso ao Estado, sendo uma em Vilhena, no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e outra em Porto Velho, no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira de Oliveira. Com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde, as equipes foram divididas entre triagem, realização do teste rápido, equipe de atendimento médico e farmacêutico e entrega do resultado.
Segundo o diretor geral da Agevisa, Gilvander Gregório de Lima, que acompanhou a ação em Vilhena, a variante delta já foi detectada em 18 estados brasileiros. “Principalmente no Mato Grosso e no Amazonas, que são estados limítrofes com Rondônia. As barreiras sanitárias foram realizadas com o intuito de impedir que a variante chegue ao nosso estado e se propague”.
O secretário de Estado da Saúde, Fernando Máximo, reforça que as testagens realizadas nas pessoas que estão entrando em Rondôia visa identificar quem está positivada com o coronavírus para fazer o isolamento e a medicação dessas pessoas, além de identificar a possibilidade de alguma delas estar com a variante delta. “O Estado tem uma parceria com o setor de vigilância genômica da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo. Os testes rápidos antigênicos são coletados e, quando há alguma amostra positiva para a covid-19, encaminhamos para a FioCruz onde irão realizar o teste genômico que vai detectar qual a variante”.
O diretor da Agevisa destaca que mil testes foram disponibilizados para esta primeira etapa, tendo 500 a mais para reserva, se necessário. “Vamos realizar um planejamento para que essa estratégia avance em nosso Estado. O plano é que até o final de outubro, o Estado pretende imunizar toda população vacinável, acima dos 18 anos. Assim ficará mais fácil nos proteger contra a variante delta”.
DELTA
Considerada como a variante de maior transmissibilidade do que as demais cepas, os sintomas da delta variam de paciente para paciente, porém, o quadro clínico causa menos tosse e há menos casos de perda de paladar e olfato. “Ela acaba sendo mais letal pelo fato de atingir mais pessoas. Uma pessoa acaba disseminando o vírus para muito mais pessoas. E quanto mais pessoas internadas, maior a chance de termos mais óbitos”.
Fernando Máximo destaca que, até agora, o Estado já realizou mais de 400 exames que foram encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz e não houve o registro de nenhum caso da nova variante. “Então, precisamos intensificar nossas ações de prevenção e evitar ao máximo que esse vírus se instale em Rondônia. Com a segunda dose da vacina, conseguiremos prevenir e imunizar a população contra a variante delta e, juntamente com as barreiras sanitárias, vamos tentar filtrar o acesso da doença”.
VACINAÇÃO EM MASSA
Em parceria com os municípios, o Governo de Rondônia vem dando celeridade no processo de imunização em massa. O Estado já contabiliza 1.660.688 (um milhão, seiscentos e sessenta mil, seiscentos e oitenta e oito) de doses recebidas. De acordo com o gerente da regional da Sesau em Vilhena, Sérgio Matos, em menos de uma semana, o Cone Sul recebeu mais de 11 mil vacinas, sendo um avanço no quadro de imunização contra a covid-19.
Fonte: Jesica Labajos/Governo de Rondônia