O vice-líder do Governo no Congresso Nacional, Marcos Rogério (RO) criticou nesta terça-feira (8), durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, incoerência da oposição de condenar a realização da Copa América no Brasil, enquanto apoia outros eventos desportivos no país, como o Troféu Brasil, campeonatos nacionais, eliminatórias, Libertadores, Fórmula 1, entre outros. “Todos com atletas, desportistas e jornalistas internacionais, mas só a Copa América tem condições de transmitir Covid”, disse o parlamentar, durante a segunda oitiva do ministro da Saúde Marcelo Queiroga, na CPI da Pandemia.
De acordo com Marcos Rogério, o colegiado tem funcionado como a “CPI das narrativas fabricadas”, sem compromisso com a verdade dos fatos. O senador voltou a criticar a parcialidade do relator e do presidente da comissão que, segundo ele, só tratam bem convidados alinhados com suas convicções sobre a pandemia. “Primeiro, era a CPI da Cloroquina, da Carta da Pfizer, depois do Gabinete Paralelo e, agora, a CPI da Copa América. Na falta de provas, fabricam narrativas. Desde o início tenho apontando os pré-julgamentos que ocorrem aqui e que só dão descrédito à comissão. É preciso dar ouvidos aos depoentes e não só extrair deles narrativas já pré-concebidas”, afirmou.
Sobre a alegação da oposição de que atletas instalados no Brasil não têm outra opção de ganhar dinheiro a não ser jogando, Marcos Rogério voltou a lembrar que outros trabalhadores também estão perdendo emprego, renda e fechando seus pequenos negócios porque estão proibidos de abrir as portas. “Se estão tão preocupados com a situação econômica dos jogadores que estão trabalhando no Brasil, deveriam estar também preocupados com os donos de quitandas, de comércio, de mercearias e de salões afora que, por causa de uma política errada de fechamento, estão sem salário”, destacou o vice-líder do Governo.
Para o parlamentar por Rondônia, a comissão parlamentar de inquérito da Covid não pode ser instrumento de defesa de interesses comerciais ou de grupos e ressaltou que é preciso desconstruir tentativas da oposição de criar um cenário de colisão entre convidado e presidente da República. “O que nós precisamos é da união de esforços para vencer um inimigo comum: o coronavírus e a demanda que temos por mais vacinas. Temos que trabalhar para solidificar as ações do Ministério da Saúde e não fazer inquisições sobre fatos conhecidos e questões públicas e notórias em uma tentativa clara e evidente de extrair eventuais declarações que gerem conflitos”, concluiu.