Criado pelo pedagogo e professor de Letras, Reinaldo Wilson, o projeto fotográfico “Natureza-Morta: Percepção do Olhar”, envolveu pais e alunos da escola Clemente Humberto Selhorst. Ministrando aulas na unidade há dois anos, o professor teve a ideia junto dos alunos das disciplinas de Educação Religiosa e Arte.
Formado em Pedagogia e Letras pela Unir (Fundação Universidade Federal de Rondônia), Reinaldo quer popularizar o conhecimento sobre Arte e descobrir “pequenos gênios”no processo. O projeto envolveu toda comunidade escolar buscando estimular a criatividade dos alunos. De acordo com o professor, a atividade foca no desenvolvimento do pensamento crítico individual, para que cada aluno possa projetar sua própria percepção através da fotografia e ao mesmo tempo, apto a respeitar a percepção do outro.
Utilizando apenas os smartphones dos pais, os alunos fizeram registros de suas observações com a premissa de buscar imagens sobre natureza-morta, estilo que surgiu na Grécia Antiga, mas só definido no século XVII, na Europa, que tem por característica principal retratar alimentos postos à mesa com objetos inanimados, como frutas, louças, instrumentos musicais, flores, livros, taças de vidro, garrafas, jarras de metal, porcelanas, dentre outros. As fotografias, no entanto, se adaptam à realidade dos alunos, que englobam no trabalho aspectos de ambientes abertos da zona rural, onde os alunos vivem.
A arte barroca, estilo artístico que surgiu entre o final do século XVI e meados do século XVIII, inicialmente na Itália e depois em todo o mundo, foi o tema proposto para a atividade. Reinaldo Wilson destaca que buscou valorizar a transversalidade do projeto, ou seja, a comunicação entre diferentes disciplinas. “A transversalidade diz respeito à possibilidade de transitar por diversos caminhos interligando-os. Busquei englobar as disciplinas de Arte, História, Geografia e Ciências num único projeto e registrar o que os alunos percebiam ao seu redor como a representação da natureza em estado de morte”, aponta.
As obras do projeto estão na Secretaria Municipal de Educação, mas em breve serão expostas na Fundação Cultural de Vilhena para que mais pessoas possam conhecer os registros fotográficos dos alunos da Escola Clemente Humberto Selhorst.