Surpreendido com a operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, que teve como alvo a negociação de vacinas contra a Covid-19, o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, decidiu embarcar imediatamente para capital carioca onde o inquérito está instaurado. Ele quer obter maior conhecimento dos fatos para, assim, subsidiar futuras decisões.
Hildon afirma que o Município não teve nenhum prejuízo financeiro já que os termos de negociação asseguraram a liberação da Carta de Crédito somente 10 dias úteis após o embarque do lote em Londres.
Segundo o prefeito Hildon Chaves, os representantes da empresa Ecosafe Solutions mantinham contato diariamente garantindo o envio das 400 mil doses. “Não havia, até esta manhã, nenhum motivo para acreditarmos em má-fé da empresa e seus representantes”.
Hildon Chaves também explicou que a empresa e seus representantes passaram por uma investigação social e que nada foi encontrado a ponto de desabonar a conduta da equipe e colocar em dúvida a negociação da vacina Astrazeneca/Oxford. “Ainda assim, repito, todas as medidas de segurança para evitar danos ao erário do município foram tomadas”.
Aposta na vida
O prefeito Hildon Chaves afirmou que, na esperança de imunizar os portovelhenses, busca sempre negociar vacinas. “Fizemos isso com a Coronavac. A negociação de 80 mil só não foi adiante porque o governo federal firmou contrato com o Instituto Butantan. O que não podemos é ficar de braços diante dessa tragédia humanitária que vivemos”.
Sobre as seringas, Hildon Chaves, informou que o insumo foi uma doação da iniciativa privada e que, com prazo longo de validade, não haverá desperdício. “Nós vamos manter a esperança de salvar vidas. Continuamos as negociações de doses no Consórcio Conectar, da Frente Nacional dos Prefeitos, que pode garantir 30 milhões de imunizantes para os munícipios brasileiros”.