Ao contrário das informações divulgadas pelo Conselho Regional de Medicina de Rondônia Cremero (Cremero), o deputado estadual e médico, Dr. Neidson (PMN), nesta quinta-feira (15), rebateu as afirmações do conselho e reforçou que em nenhum momento declarou ser “favorável ao não revalida”, com publicou o Cremero.
“Ninguém aqui, muito menos eu, é contra o Revalida. Somos contra o número de mortes que vem ocorrendo no nosso país, principalmente aqui em Rondônia, por falta de médicos nas unidades de saúde e nos municípios, de forma geral. E isso não é um clamor meu, mas sim, da população e dos prefeitos, inclusive, quem estava se reunindo para mover uma ação judicial visando a possibilidade da contratação de médicos no exterior era a Associação Rondoniense de Municípios (AROM), e seria uma contratação temporária para a atenção básica, não em hospitais, suprindo assim, as demandas do estado, principalmente, das pequenas cidades”, enfatizou o deputado.
O parlamentar afirmou que os municípios estão desassistidos porque os médicos não querem ir para o interior do estado.
“Principalmente para os distritos, onde é necessário o deslocamento e passar vários dias nas localidades”, destacou Dr. Neidson.
De acordo com o deputado, as condições de trabalho contam muito para o exercício da profissão médica, porém, a falta de médicos em muitas cidades estaria dificultando as ações de combate contra a Covid-19.
“Isso é um fato. Muitas cidades estão sem médicos para atender, tanto em razão da alta demanda em meio a pandemia e a grande oferta de emprego em outros estados que oferecem melhores salários. Por isso aprovamos na Assembleia o projeto de lei que aumenta, para até R$ 15 mil, a gratificação de médicos que já possuem especialidade e prestam atendimento em Rondônia”, argumentou Neidson.
Sobre as declarações do Cremero, o deputado fez questão de frisar o desinteresse do Conselho frente às atividades desenvolvidas pela Assembleia Legislativa e seus deputados.
“Já que o Cremero se diz tão representante e defensor da classe e suas reivindicações, tal qual, fiscalizador dos órgãos públicos, seus membros deveriam, pelo menos, comparecer, pelo menos, um dia, na nossa Casa de Leis. Não se apresentam nem nas reuniões da Comissão de Saúde, raramente comparecem na Assembleia e agora, quando a questão é focar na pandemia, desvirtuam o conteúdo da reunião que foi realizada, estritamente, para tratar do assunto. Eles deveriam ser mais atuantes e tentar ajudar o estado de Rondônia”, declarou o parlamentar.