Amazonas envia cilindros de oxigênio para outros estados




Amazonas envia cilindros de oxigênio para outros estados — Foto: Eliana Nascimento/G1 AM

O Amazonas vai doar cilindros de oxigênio que foram recebidos pelo estado em janeiro, mês em que o sistema de saúde do estado entrou em colapso. Agora, com o abastecimento de oxigênio normalizado, os itens serão enviados a outros estados do país. A primeira remessa será enviada para o Paraná, segundo a secretaria de Saúde.

Segundo a Secretaria da Saúde, equipes vão retirar os cilindros que não estão sendo usados nas unidades de saúde. Inicialmente, serão levadas as unidades que estão no hospital Platão Araújo e no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias. Os equipamentos vão para o depósito da Secretaria da Saúde para serem preparados, depois abastecidos e e em seguida enviados.

O Secretário-executivo de assistência da capital, Jani Kenta Iwata, explicou que a ação é uma maneira de retribuir a ajuda recebida durante a segunda onda de pandemia. “A operação Gratidão tem o objetivo de fornecer 200 cilindros de oxigênio para o estado do Paraná, mas também teremos outros eixos: vamos receber pacientes do Acre e Rondônia. 12 pacientes de UTI pacientes e também 18 pacientes leves e moderados”, explicou.

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O governo ainda não informou se os cilindros serão enviados em avião da FAB ou se seguirão em voos comerciais.

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No total, serão enviadas 200 unidades, mas atualmente 100 estão disponíveis. As unidades de saúde que disponibilizaram cilindros foram: o hospital Platão Araújo (27 unidades), SPA Joventina Dias (20), SPA Coroado (20), Instituto da Criança do Amazonas (13), a Gerência de Patrimônio (Gepat) da SES-AM (12), o hospital 28 de Agosto (4) e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (4).

“Iniciamos pelo Platão Araújo, e em seguida para as demais unidades de saúde recolhendo os cilindros, recebidos por doação e que temos condições de doar ao Paraná”, comentou Itawa.

Cilindros de oxigênio serão reabastecidos e seguem a outras localidades — Foto: Paulo Frazão/Rede Amazônica

Segundo o governo, a produção local de oxigênio pela White Martins já atende a demanda das unidades. Ainda segundo o governo, a Secretaria da Saúde só está retirando cilindros das unidades em que não há risco de prejudicar o abastecimento de oxigênio.

No caso do Platão Araújo, uma miniusina de oxigênio que é de um hospital de Rondônia já foi desativada e também deve ser devolvida ao estado.

“A operação é gratidão, e esse é o sentimento que a equipe do Platão Araújo tem hoje. Nós recebemos insumos no pico da pandemia e esses insumos nos ajudaram a salvar vidas aqui. Todos esses cilindros foram para atendimentos dos nossos pacientes que estavam no corredor e que fique registrado que aqui no Platão Araújo não houve morte naquele período graças a toda essa mobilização do Estado e nacional”, disse a diretora do hospital Platão Araújo, Aída Cristina Tapajós.

Após o recolhimento de cilindros no HPS Platão Araújo, a força-tarefa que faz a coleta seguiu para o Serviço de Pronto Atendimento do Coroado, na Zona Leste de Manaus. Ao todo, 20 cilindros foram recolhidos do local. Desses, 19 são medicinais e apenas um industrial. Dos 20, 18 estão cheios. A força-tarefa deve seguir para o SPA Joventina Dias, na Zona Oeste da capital e demais hospitais da capital.

Colapso em janeiro

O Amazonas tem atualmente 334.432 casos da doença e 11.672 óbitos, desses 8.258 em Manaus (1498 óbitos a mais que em 2020 somente em Manaus).

Segundo a secretaria de Saúde do Amazonas, o estado tem 37 miniusinas em operação em 19 municípios, a produção diária somando todas as usinas chega a 18.024 metros cúbicos. Ainda segundo a secretaria de Saúde, mais seis usinas de oxigênio serão compradas para hospitais do interior do Amazonas.

A taxa de ocupação da rede pública UTI para Covid-19 é de 79,09% e de leitos clínicos para 52,05% no estado.

Até o momento, cinco pacientes de Rondônia já foram transferidos para Manaus para tratamento de Covid-19 e estão no hospital Delphina Aziz. O governo disponibilizou ainda oito leitos de UTI para pacientes de outros estados, desses 8 aguarda a chegada de 6 pacientes do Acre – a ação foi anunciada domingo, mas até agora os pacientes não chegaram. A secretaria de saúde do Acre informou que aguarda aeronave da FAB para o transporte de pacientes.

No fim de 2020 e nos meses de janeiro e fevereiro de 2021, Manaus passou pelo segundo pico da pandemia e precisou de ajuda com leitos de hospitais e oxigênio. No total, 542 pessoas foram transferidas para 17 estados brasileiros. Até esta terça-feira (16/03) 9 pacientes ainda estavam internados, 432 pacientes receberam alta médica, dos quais 418 retornaram ao Amazonas.

 

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