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Período chuvoso é propenso para a proliferação de Caramujos-Africanos; animais representam riscos a saúde, alerta Agevisa


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O Caramujo-africano tem características singulares, a principal delas é o tamanho grande, além de sua concha ser pontiaguda, a casca é em forma de um espiral cônica e tons de marrom, cinza e amarelo

 

O Governo de Rondônia, por meio da Agência de Vigilância em Saúde de Rondônia (Agevisa) informa que durante o período chuvoso é importante ficar atento quanto a infestação do “Caramujo-gigante-africano” (Achatina Fulica – nome científico), em residências. O molusco é facilmente encontrado em ambientes úmidos e em locais com acúmulo de lixo, como quintais, terrenos baldios, entre outros. Ele é transmissor de doenças perigosas que podem levar à morte.

O caramujo-africano entrou no Brasil na década de 80 como uma alternativa irresponsável para a criação adaptada do “escargot”, mas que culminou em um problema de saúde pública. A rápida proliferação dos animais pode causar uma infestação desenfreada, que necessita de cuidados para o manuseio.

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Técnicos da Agevisa orientando agentes municipais quanto o controle do Caramujo-gigante-africano

O coordenador Estadual do Programa de Esquistossomose e Geohelmintiase da Agevisa, Nilton Neves, orienta como o caramujo deve ser descartado. “É importante estar de luvas, protegendo as mãos, colocar o caramujo ou os caramujos em uma sacola, fazer furos e amarrar. Após esse procedimento, é necessário emergir essa sacola em um balde com a quantidade equivalente de uma colher de hipoclorito (água sanitária) para 1 litro de água. No outro dia o caramujo amanhecerá morto e pode ser descartado normalmente no lixo”.

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“Culturalmente, algumas pessoas tinha o hábito de colocar sal e queimar esses animais. Esse não é o procedimento ideal a ser feito, pois é perigoso quanto a contaminação do lençol freático numa possível ingestão da água, e até mesmo se a concha se tornar um criadouro natural de mosquito da dengue. Por isso, a necessidade de se fazer o procedimento correto”, enfatiza Nilton.

Outra opção correta de descarte do molusco é colocá-lo em uma vala de cerca de 20cm à 30cm e envolver o local com cal virgem e enterrá-lo.

Quando houver a infestação desenfreada e o morador não conseguir descartar voluntariamente os caramujos, a orientação é ligar para a coordenação responsável da Agevisa, por meio do telefone (69) 3216-5694, registrando a denúncia.

CARACTERÍSTICAS

Hospedeiro de duas doenças fatais, uma podendo causar hemorragia interna e a outra levar o indivíduo a cegueira, o caramujo-africano tem características singulares de fácil reconhecimento. A principal delas é o seu tamanho, como o nome já diz “Grande ou Gigante” Africano, além de sua concha ser pontiaguda, em forma de um espiral cônica, a casca é com tons de marrom, cinza e amarelo. “Nós temos o caramujo nativo que se confunde um pouco com o africano por ser grande, mas sua concha não é pontiaguda, e por isso é possível diferencia-lo”, explica Nilton.

No Brasil não há registro de nenhum caso de doenças que esse molusco pode ocasionar, mas é importante ressaltar o trabalho técnico dos agentes que incluem informes técnicos e orientações para evitar invasões domiciliares. “Esse é o momento de cada um cuidar do seu terreno, porque não adianta um vizinho limpar o seu e o outro não limpar, porque ele vai passar, por ser muito invasivo e adorar lugar úmido. Orientamos que seja evitado o acúmulo de lixo no quintal, telhas, tijolos, madeira, porque com as chuvas, esses materiais umedecem e eles procriam ali”, finaliza o coordenador.

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