O caminhão lavador que será utilizado para recolher os contentores, que vão abolir a necessidade de lixeiras em Vilhena, já foi entregue. O veículo será responsável por lavar os recipientes para evitar mau-cheiro. Parte do projeto “Coleta Seletiva Mecanizada Solidária”, do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), o veículo foi inspecionado recentemente pela Prefeitura. A próxima etapa do projeto é a execução do recuo das calçadas para instalar os contentores, que farão de Vilhena a única cidade da região Norte a utilizar o método de coleta.
O projeto vai eliminar as lixeiras em frente às residências, acabar com as sacolas espalhadas pelas ruas, agilizar o processo de coleta do lixo, diminuir a mão-de-obra necessária para o serviço e reduzir o mau-cheiro do lixo. Das 2.200 unidades previstas já foram adquiridas 1.500 contentores com tampas de vedação completa. O restante já está em licitação.
A diretora do departamento de projetos e planejamento do Saae, Sueli Magalhães, explica que com a Coleta Seletiva o município irá atingir mais de 40% do recolhimento de material reciclável, diminuindo os custos com a mão-obra responsável por recolher os resíduos em frente as residências e empregando-as nas cooperativas e outros para destinação correta dos resíduos.
Já o caminhão é composto por um tanque para armazenamento de água e espaço para receber os contentores para lavagem. Com este trabalho de limpeza a autarquia dinamiza o trabalho de manutenção dos recipientes.
De acordo com o diretor geral, Maciel Wobeto, a implantação do projeto deve gerar 270 empregos adicionais para lidar com a reciclagem e compostagem para atender a cidade nesta primeira fase do projeto, visto que em cada ponto de coleta serão instalados três contentores onde os moradores irão depositar seu lixo de forma seletiva.
“O município foi dividido em quatro setores e, nesta primeira fase, serão atendidos dois deles, compostos pelos bairros Moisés de Freitas, Parque Cidade Jardim I e II, São Jerônimo, Cristo Rei, Bodanese, Marcos Freire, Barão do Melgaço I, II e III, Jardim das Oliveiras, Jardim Primavera, Jardim América, Cidade Verde I, II e III, Centro, 5º Bec, São José, Jardim Universitário, Jardim Social, Cidade Nova, Praças de Vilhena, Santo Antônio e Setor Pioneiro, bem como os residenciais União e Maria Moura”, explica Maciel
A SEPARAÇÃO – Cada morador deverá separar dentro de casa os resíduos a serem depositados nos contentores. No azul devem ser depositados os resíduos secos recicláveis, como papel, plástico, vidro e metais em geral. No marrom serão colocados resíduos compostáveis orgânicos, como cascas de frutas, verduras, ovos, pó de café usado (incluindo filtros), restos de chá (incluindo saquinhos), ervas de chimarrão/tereré, e semelhantes. Por sua vez, no contentor cinza vão rejeitos, como lixo do banheiro, lenços e fraldas descartáveis, restos de varrição de casa, alimentos e papeis engordurados, bitucas de cigarro e semelhantes.
A intenção é que a separação do lixo permita a reciclagem e reaproveitamento dos resíduos de maneira a diminuir a quantidade de material a ser destinada para o aterro sanitário.
RECURSOS FEDERAIS – O projeto é custeado pelo Ministério do Meio Ambiente no valor de R$ 2,9 milhões para os contentores e R$ 900 mil para o veículo especializado, com contrapartida do município de R$ 45 mil.