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Corpo de Bombeiros e Agevisa alertam a população sobre acidentes envolvendo animais peçonhentos no período chuvoso


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Com a chegada do clima chuvoso aumentam os riscos da presença de animais peçonhentos em casas e apartamentos, especialmente os localizados próximos às áreas verdes e regiões próximas a igarapés ou córregos.

Em Porto Velho existem dois canais que cortam a cidade em sentidos opostos, o que representam, segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Rondônia, os locais mais propensos para o aumento do número de ocorrência no período chuvoso. “Quase todos os bairros da capital tem alguma nascente próximo, ou ali mesmo, a incidência é bem ampla dentro do espaço territorial da cidade”, enfatiza o major e diretor de Comunicação do Corpo de Bombeiros, Iranildo Dias.

CAUSA

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A temperatura normal dos animais é diferente. O que é considerado febre nos humanos, pode ser muitas vezes a temperatura normal para algumas espécies. “A temperatura dos animais varia conforme o ambiente, como normalmente eles ficam em valas, tocas e lixo, quando começa a chover, geralmente esses lugares tendem a ficar muito úmidos e frios, então eles saem desses lugares para locais mais quentes, e até mesmo para tomar sol, e é nesse momento que acontecem os incidentes. Se o animal é acostumado num ambiente escuro, tipo uma toca, se enche de água, ele vai procurar outro ambiente escuro sem umidade. E vai achar o que? Um sapato, guarda roupas, uma gaveta, um novo montante de lixo e assim por diante”, disse o major.

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Além disso, o ambiente que facilita a presença de roedores e insetos, que na cadeia alimentar são conhecidos como presas são ambientes favoráveis e podem servir de habitat para animais peçonhentos e não peçonhentos.

Escorpiões, aranhas, lacraias e até serpentes são os animais mais comuns que costumam buscar locais secos para se proteger e acabam se tornando um perigo, especialmente para crianças e até mesmo para animais domésticos.

As serpentes são os animais peçonhentos mais comuns encontrados em Rondônia, com 495 casos de acidentes nos últimos 3 anos

DADOS

De acordo com um levantamento sobre acidentes com animais peçonhentos e não peçonhentos em Rondônia feito pela Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), de janeiro a agosto deste ano, foram notificados 986 casos, e duas mortes registradas.

Nos últimos três anos mais de 3.975 pessoas tiveram contato com vários tipos de animais peçonhentos e não peçonhentos, 14 desse total foram fatais. As serpentes são os animais peçonhentos mais comuns encontrados no Estado, com 495 casos nos últimos três anos, seguidos dos escorpiões, onde foram registradas 206 ocorrências.

Ana Flora Gerhardt, diretora-geral da Agevisa, explica o papel da agência em relação aos acidentes envolvendo animais peçonhentos em Rondônia. “Temos um banco de dados com informações sobre o tipo de acidente, o animal e qual município do Estado foi registrado. Esses dados nos ajudam a pensar em ações específicas para serem desenvolvidas por região”, explica a diretora.

PREVENÇÃO

A higienização, desratização e dedetização são ideais para manter esses animais longe de quintais e residências, bem como o uso de proteção nas brechas de portas e janelas.

De acordo com Luzanira Morais, coordenadora da Gerência Técnica de Vigilância Ambiental (Gtvan), Agevisa, algumas medidas podem ser adotadas para evitar acidentes com animais peçonhentos. “O principal cuidado é manter a área próxima à residência limpa. Mesmo se a moradia for em área rural, é importante manter a área próxima a casa livre de entulhos. Evite colocar a mão em buracos e mexer em tijolos”, alertou.

A coordenadora fez ainda recomendações para a limpeza de quintais. “Limpeza de áreas, o ideal é o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como calçado fechado, de preferência botas, para andar ou trabalhar no mato e luvas grossas, quando for manipular palha, lenha, entulho (lixo) e folhas secas”, especificou.

O QUE FAZER

Em caso de acidentes com animais peçonhentos, é preciso procurar o serviço de saúde mais próximo e o mais rápido possível. O Centro de Medicina Tropical de Rondônia (Cemetron) em Porto Velho é referência nestes tipos de acidentes.

“É importante que a vítima, se conseguir, leve o animal com segurança até o local de atendimento, para que o profissional de saúde saiba qual soro antiofídico será administrado no paciente. Diferente de casos de picada de aranhas, em que o soro é universal”, finaliza o major Iranildo.

O Corpo de Bombeiros Militar orienta à população, caso encontre algum animal peçonhento, entrar em contato pelo telefone 193 para fazer a remoção do animal com segurança.

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