A Delegacia de homicídios em Vilhena encerrou mais um inquérito policial que investigava o homicídio de Luciano Ferreira da Conceição, de 24 anos, ocorrido em 08 de agosto de 2015 na Av. Marechal Rondon, no Centro da cidade.
Numa coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira, 30 de setembro, o delegado responsável pelas investigações, Núbio Lopes, apontou que a motivação para o crime foi desavenças anteriores por dívidas.
O QUE ACONTECEU NAQUELE DIA?
No dia do crime, conforme o delegado, a vítima trafegava em um veículo Corsa de cor rosa pela Av. Marechal Rondon com os vidros do automóvel abertos e ouvindo música quando, uma motocicleta Bros de cor preta com dois ocupantes o ultrapassaram. Logo adiante, o carona desceu da motocicleta e começou a efetuar disparos contra Luciano que, perdeu o controle do veículo, subiu na calçada e bateu em outro automóvel que estava estacionado.
Ainda de acordo com Núbio Lopes, o laudo pericial apontou que o corpo de Luciano estava no banco do próprio veículo. Isso demonstra que o executor desceu da motocicleta e deu dois tiros que não o atingiram. Logo em seguida, andou em direção ao veículo e, quando estava na frente dele deu o terceiro disparo, cujo projétil atingiu o para-brisa e o braço da vítima. O quarto disparo foi dado quando estava próximo ao pneu dianteiro esquerdo. Este atingiu o retrovisor e transfixou à vítima. Um quinto disparo também atingiu a região das costas próximo ao ombro, no instante que Luciano se jogava no banco do passageiro na tentativa de se defender. Após isso, o executor empreendeu fuga juntamente com seu comparsa que até o momento não foi identificado.
A vítima foi socorrida por uma equipe do Corpo de Bombeiros ao Hospital Regional de Vilhena. Porém, ao dar entrada na emergência não resistiu aos ferimentos e veio à óbito.
EXECUTOR FOI IDENTIFICADO
Durante a coletiva, o delegado Núbio Lopes salientou que após 2 meses e dois dias do homicídio de Luciano, foi registrada uma ocorrência policial de crime de roubo na cidade de Vilhena envolvendo duas pessoas que foram presas. Com eles foram apreendidas armas de fogo.
Na ocasião, conforme o delegado, foram feitos exames de balísticas nas armas e conclui-se que uma delas foi utilizada no homicídio de Luciano. “No dia, o acusado S. D. S. P. afirmou que ele era o dono da arma. Mal sabia ele que, posteriormente, seria feito perícia de comparação balística. Portanto, todas os indícios apontam que S.D.S.P é o executor de Luciano. Atualmente, S. está cumprindo pena por roubo, mas em liberdade. Quanto ao homicídio, este com o intuito de livrar-se do crime alegou que comprou a arma de uma terceira pessoa que já faleceu. Ou seja, quis jogar a responsabilidade desse crime para outro”, pontou.
No entanto, o setor de investigações levantou que o homem apontado por S. como sendo o dono da arma à época tinha uma vida estável e nunca teve abito de portar armas de fogo.
Ao finalizar a coletiva, Núbio Lopes salientou que o inquérito está concluído e que S.D.S.P, que está em liberdade, será indiciado pelo crime de homicídio qualificado.
