Vilhena está no topo e pode ser o município que menos testou casos de coronavírus na pandemia. Com mais de 350 presos no Presídio Cone Sul, até o momento não foi registrado nenhum caso de infectado dentro da unidade desde o início de toda essa história que o mundo está vivenciando.
Desde o mês de agosto, que vem sendo debatidas a retomada responsável e gradual de visitas nos sistemas socioeducativo e prisional de Rondônia. Em conversa com Claudinei de Faria, Vice-Presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários e Socioeducadores de Rondônia (SINGEPERON) nos foi informado que não houve registro de infectados no maior presídio da nossa região. “Tivemos apenas 1 caso, de um preso que testou positivo e veio a óbito na capital. Ele era de Vilhena, mas já estava há 2 meses em Porto Velho, quando contraiu o vírus e não resistiu”, esclareceu.
Já no Centro de Ressocialização Cone Sul, houve o registro de 1 caso, sem gravidade e já curado. Claudinei também informa que as unidades estão com um protocolo bem criterioso para os presos que chegam da rua. “Primeiramente são colocados em isolamento, logo após é realizada toda uma triagem pela equipe garantindo que esse apenado não venha contaminar os demais”, conta o vice-presidente que também destaca que os advogados também passam por triagem antes de ter qualquer contato com o detento, e que ainda assim, esse contato é por interfone.
Claudinei também enfatiza que um dos fatores de ter zero infectados nas unidades é devido a proibição das visitas. E sobre o Estado estar se programando para as retomadas de visitas que podem estar previstas para outubro, Faria informa que todas as medidas de segurança estão sendo estudadas. “Ficará proibida a entrada de pessoas do grupo de risco, em especial idosos e crianças”.
Dos servidores, agentes que necessitam estar frente a frente nos presídios, quatro foram infectados e colocados em isolamentos por 14 dias e, logo depois, retomaram suas atividades, sem registro de casos graves. Apesar de tardio, Claudinei informa que todos os agentes receberam materiais de EPIs, como luvas, máscaras e álcool em gel.
O vice-presidente revela que os números de detentos nas unidades femininas, além dos internos no semiaberto reduziram consideravelmente. Hoje, Vilhena conta com a CDV – Casa de Detenção de Vilhena, CRCS – Centro de Ressocialização do Cone Sul e Presídio Feminino e Colônia Penal de Vilhena, além do Sistema Sócioeducador para menores.